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Enquanto a gestão Abad se desmantela, mergulhada no caos político-administrativo de sua inépcia, o Fluminense dá sinais de que pode sobreviver à tentação de sucumbir (mais uma vez) ao rebaixamento no campeonato brasileiro. Para tanto, obviamente, Abad não pode nem cogitar se desfazer de dois jogadores que, num elenco medíocre, vêm se destacando com sobras: Ayrton e Pablo Dyego. O primeiro, titular absoluto da lateral esquerda, o segundo, jovem promessa que vem pouco a pouco mostrando boa condição de ser titular e trilhar, futuramente, voos bem mais altos. No banco, tem sido o único fator de desequilíbrio de que dispomos.
É claro que uma andorinha, no caso duas, não faz verão, mas abdicar do pouco que há de qualidade no grupo é, definitivamente, enterrar o Fluminense por antecipação. A falta de dinheiro não pode servir de justificativa para a venda de qualquer dos dois jogadores. Se a grana está curta, que se enxugue onde há excesso e, é bom que se diga, pouco retorno para o Fluminense. Há uma penca de executivos e outros contratados que, se estivessem numa empresa séria, já teriam sido demitidos por ineficiência e inexistência.
Graças ao bom Deus ainda temos a garantia de fidelidade do Abelão, de quem reclamo, mas admito: é a tábua de salvação desse desgovernado Fluminense. Sem a voracidade do nosso treinador, sem o seu ímpeto e desejo de vencer, certamente estaríamos todos assistindo a um time fadado ao rebaixamento.
É claro que esse risco existe, sobretudo, se Abad resolver continuar tirando o que presta e trazendo o que não presta, mas, mantendo a equipe do jeito que está, com alguns reforços (Kleber não, por favor), dá para correr menos riscos. Fizemos duas péssimas partidas contra o Avaí, especialmente a primeira, aqui no Rio, o que nos custou a desclassificação na Copa do Brasil. Perdemos um jogo para o Vasco, que todos vimos como foi, e que nos tirou a chance de disputar a final do carioca. Duas competições, duas eliminações. Triste, mas dentro do previsto.
Ninguém em sã consciência pode admitir que iniciou o ano imaginando que disputaríamos algum título. Não vou dizer que Taça Rio é título, portanto, quase chegamos à conquista do carioca, o que já foi um alento, depois de golearmos o Flamengo e o Botafogo, algo que não acontecia há um bom tempo, embora o Vasco continue sendo a pedra no sapato.
Esperava avançar um pouco mais na Copa do Brasil e espero ir mais longe na Sul-Americana, mas título, título mesmo, só se for por obra do Sobrenatural de Almeida, talvez nem ele. Por isso, o Brasileiro deve ser disputado com especial atenção. Primeiro, para que não corramos riscos de rebaixamento, que é o principal objetivo. Depois, se der, se as coisas conspirarem a favor, confluindo para um campeonato minimamente regular, quem sabe – e reconheço que é sonhar muito – um meio para frente na tabela, quem sabe uma quinta ou sexta colocação e uma pré-Libertadores? Sonhar todos podemos e devemos, sempre com um dos pés no chão, contudo.
Se o Fluminense seguir seu caminho sem grandes percalços, as piores expectativas do começo do ano podem não se concretizar. Se o Abad deixar, é claro.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @FFleury
#JuntosPeloFlu
Imagem: f2
Todos sabemos e conhecemos as ”abeladas”… kkkk, as substituições e as contratações ‘fantásticas do Abel, mas, perdemos pro vasco pelas falhas do bravo Julio Cesar, o último gol, então, frango nítido….