Confesso que começo escrever estas linhas já na madrugada desta segunda-feira, ainda sob os efeitos da adrenalina que carrego comigo.

Que Fla-Flu!

Que conquista de pura magia!

Estava titubeante… O que escrever nesta coluna para o Panorama Tricolor, como transmitir esse momento de puro êxtase sem cair no lugar comum?

Voltas e voltas até que, depois de buscar no Youtube, encontro essa entrevista do nosso treinador, o MITO Abel Braga

E a luz apareceu, tudo ficou cristalino, a transparência permite a ressonância magnética que a fotografia exige… e o melhor, estava aqui diante dos meus olhos:

O NOSSO FLUMINENSE REENCONTROU A SUA CARA.

E o meu rosto reencontrou o verbo sorrir com o Fluminense.

Na verdade, não estou com a mínima vontade de comentar como é que foi o jogo, nem que o MITO Abel Braga teve que variar o esquema do 4-1-4-1, passando pelo difícil – para o nosso time – 4-2-3-1, que teve momentos de 4-3-3… Tudo isso sobra narrar neste momento… Aqui mesmo no Panorama, o Mauro Jacome, em seu TEXTO foi cirúrgico e certeiro, da mesma forma que o Paulo Andel, através da sua POESIA fez o desenho perfeito.

Na verdade o que eu quero é papo reto como sempre, falar de sentimentos. E que não me venham os “sorriso amarelo” de turno dizer que esta conquista nada vale, porque é apenas um turno e que o mesmo não nos classifica para a final do Campeonato Carioca…

Como cantava a “missing” Luka: “Tô nem aí, tô nem aí” para o que vocês pensam…

É claro que a nossa zaga por momentos bateu a cabeça contra a melhor arma ofensiva do Clube de REGATAS do Flamengo, que é a bola aérea…

Porra, mas nesta semana comemora essa conquista brother… É CAMPEÃO! Dane-se que é um simples turno e que a Taça Guanabara não tem mais o glamour, nem a importância que tinha nos anos 1960 e 1970…

O que me importa foi ver a cara de felicidade de 99,99999% das pessoas que hoje se abraçavam no estádio Nilton Santos (é preciso respeitar a história do futebol brasileiro e não bater palmas para mafioso, mesmo que o falecido tenha sido tricolor) quando o jogo acabou.

O que enalteço é que em 75 dias (o Presidente Pedro Abad tomou posse no dia 20/12/2016) o Fluminense mudou a sua cara… E para MUITO MELHOR!

Ou será que alguém em sã consciência tem saudades daquele time que ENTREGOU O JOGO contra o América de Natal, naquele 2 x 5 vergonhoso dentro do Maracanã… Ou tem gente nostálgica pela derrota por 1 x 4, também no Maracanã, para a Chapecoense…

Ou as pessoas não lembram do GORDO Walter e da sua “esquisita” contratação ao Porto, quando tivemos que engolir goela abaixo o pagamento de 25% do passe por aproximados 10 milhões de reais?

Ou em vez de ganhar a Taça Guanabara, tem povinho com saudades de quem beijava jogadores?

Ora senhores, desfrutemos do agora…

Ouçam 1, 2, 3 e 1.000 vezes o que o Abel Braga, o MITO, fala nessa entrevista… Isso que vocês vão encontrar lá é a ESSÊNCIA DO QUE É SER FLUMINENSE.

Se orgulhem de um time que SUA A CAMISA, que HONRA AS NOSSAS CORES.

Acreditem que os tempos de renovação chegaram, sem alardes, mas com muito trabalho… E se quiserem, ainda assim, ficar com discurso de oposição, sejam INTELIGENTES na proposta e no conteúdo…

Mas não me venham de muquiranagem vagabunda e lombriguenta. Arregacem as mangas, mas não me inventem lideranças made in Casas Bahia com pós graduação na Ricardo Eletro, que com as suas ladainhas do estilo do reverendo James Warren “Jim” Jones (fundador e líder do culto Templo dos Povos, famoso devido ao suicídio/assassinato em massa em novembro de 1978 de 918 dos seus membros em Jonestown, Guiana), só semeiam a discórdia que esconde detrás da máscara – os seus interesses pecuniários.

Sim, este time não é perfeito ainda.

Sim, sofreremos altos e baixos durante este ano. Sim é óbvio que urgem reforços de cara ao Brasileiro, às próximas e decisivas fases da Copa do Brasil e à Sul-Americana… Como muito bem disse o MITO Abel Braga, a transformação levará uns dois anos para estar totalmente ajustada.

Mas, porra (desculpem a verborragia, mas ser transparente me exige ser sanguíneo), curtam esta conquista… não se esqueçam que o Fluminense entrou em campo sem dois jogadores titulares do seu meio de campo, sendo que um deles é o nosso melhor jogador. Menos ainda que o nosso elenco viajou 15 horas para regressar de Mato Grosso, depois de ter se classificado na Copa do Brasil, ao vencer a equipe dos VICKINGS do Sinop, chegando ao Rio de Janeiro já na manhã da sexta-feira passada.

Pensem naqueles últimos 10 jogos do ano passado, todos sem vitória… Um time que era o extrato fiel dos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016, sem cara, sem alma, sem o verdadeiro espírito do que é SER FLUMINENSE.

Reflitam!

A nossa torcida é inteligente em sua grande maioria e não se deixará ser manipulada pelos “Capitães Gancho” e “Dicks Vigarista” de turno.

É preciso reconhecer que este Fluminense de 2017 é diferente, porque está reencontrando a sua cara. E esse reencontro passa por reaprender a disputar títulos, a ser novamente campeão.

Sem qualquer tipo de dúvida, ouso afirmar que o plantel do Clube de REGATAS do Flamengo está, fácil, entre os cinco melhores do Brasil, ao lado do Palmeiras, do Atlético Mineiro, do Cruzeiro e outro qualquer da sua escolha. Só que apenas favoritismo não ganha jogo. Tem que ter algo mais, começando pelo o que eu chamo de FOME, mas que outros, mais elegantes, preferem definir como vontade de e para vencer.

Fui crucificado pela minha opção política na eleição passada… me definiram de vendido… repito: “Tô nem aí, tô nem aí” para quem pensou ou ainda pensa assim… O tempo e a descarga colocam cada um em seu lugar.

Sempre acreditei que o VENCER do Fluminense passava por uma Terceira Via política, aquela que junta aos MELHORES, não importando os rótulos políticos que tragam. O que interessa é o que possamos construir em prol do Fluminense.

Dito isto e sem querer me alongar muito, preciso dedicar umas palavras:

O meu obrigado ao Presidente Pedro Abad, por tudo o que tem feito nesse início de gestão, principalmente por colocar o Fluminense no caminho de voltar a ser LOCOMOTIVA no cenário do futebol estadual e nacional. O fato de ter peitado a decisão covarde do Ministério Público em ter torcida única nos clássicos (é mais fácil varrer a porcaria para debaixo do tapete) e ter defendido que a final fosse realizada diante dos torcedores dos dois clubes, foi um ato de valentia e estratégia.

O meu também obrigado ao Vice Presidente Geral do Fluminense, Cacá Cardoso, também Tricolor de arquibancada, que não só dignifica o cargo, como também foi FUNDAMENTAL na articulação jurídica para reverter a decisão do Ministério Público.

Agradeço a todos que nunca me viraram as costas e que acreditaram na honestidade dos meus princípios e propostas, da mesma forma que digo que tenho os olhos bem abertos aos que pensam que me tem dominado.

Estou feliz… essa Taça Guanabara, para alguns poucos, nada vale… no meu caso, penso que vale muito.

Não posso esquecer de agradecer também à esposa do Presidente Pedro Abad, Daniela Neves, que recuperou para o Fluminense, a figura sempre necessária, depois de um longo e tenebroso inverno, da Primeira Dama. E dou fé, que é GUERREIRA como deveríamos ser todos, chamando para si a responsabilidade de trabalho que o clube tanto necessita.

Meu alô especial para aqueles que são o meu fechamento,  a galera do SOBRANADA. Sabemos que o futuro da torcida do Fluminense passa pelas nossas ATITUDES e IDEOLOGIAS.

Por último, eu quero dar um abraço em todos os componentes do MR21 – Movimento de Renovação 21 de Julho, da Flusócio, do Esperança Tricolor e do Flu 2050, que entenderam que o Fluminense não sobreviveria mais se continuássemos no ritmo das divisões fraticidas. Basta, repito, que deixemos que os MELHORES QUADROS que temos se juntem em prol do nosso clube.

Sei lá, para quem como no meu caso, não sabia o que escrever, acredito que a mensagem está dada, assim como o recado. Se a carapuça entrou, sorry… “Ademã, que eu vou em frente”… porque “Cavalo não desce escada” e “Os cães ladram e a caravana passa”!

Afinal de contas, O NOSSO FLUMINENSE REENCONTROU A SUA CARA.

Sendo assim…

A verdade só tem uma cara!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri 

Imagem: agon/ celso pupo:uol/estadão