A trilha da oposição no Fluminense (por TTP)

Uma reunião foi realizada para que os quadros de oposição à administração Mário Bittencourt pudessem conversar sobre uma possível coalisão.

Ademar Arrais, Marcelo Souto e Rafael Rolim. Três nomes que querem ocupar o lugar hoje ocupado por Mário.

Para que isso ocorra, primeiro se faz necessário vencer certos obstáculos.

Um deles é o do número de assinaturas para homologação da candidatura. Apenas as modalidades de contribuinte e sócio-proprietário podem assinar. Mário Bitencourt já tem suas assinaturas.

Isso nos leva ao segundo obstáculo: ego.

Uma das alternativas para se conseguir o número de assinaturas e até mesmo concorrer com o atual mandatário com chances de vitória seria reunir forças em torno de uma única candidatura que atendesse os anseios dos três candidatos.

E é justamente aí que começa o problema. Um grupo pode se unir para comandar um clube do tamanho do Fluminense? Creio que sim. Mas vocês já pararam para pensar que só existe uma cadeira de presidente?

Uma cadeira para três nomes: Souto, Arraes e Rolin. E a coisa fica ainda mais difícil na hora de decidir a vaga de vice-presidente. Pois nomes como Pedro Antônio, Sérgio Poggi, Celso Barros e outros podem ser incluídos nestas conversas.

Seria necessário uma grande dose de humildade de todas as partes. E, em caso de se concretizar uma aliança ampla em prol de uma candidatura, teríamos de testemunhar um caso raríssimo de lealdade em caso de vitória.

Sinceramente, acredito que estes nomes podem sim, alcançar tanto a humildade quanto a lealdade necessárias para isso.

E aqui faço um apelo pessoal a este grupo, sem que precise bajular nenhuma da figuras que vou citar aqui.

Em caso de concretização de uma chapa vitoriosa, abram as portas do clube para conversar com figuras tricolores importantes que são menosprezadas pela atual gestão.

Wagner Victer, Antonio Gonzalez e o pessoal da Frente Ampla Tricolor. Raul Sussekind, Felipe Fleury, Maurício Gouvêa, Kleber Monteiro, Paulo-Roberto Andel (maior autor independente de livros sobre o clube), Edgard FC e outros nomes, que a memória cruel me impede de citar aqui.

Sinceramente, não teria a menor vergonha de fazer este mesmo pedido ao presidente Mário Bittencourt caso ele vença. Apenas não acredito que ele me daria sequer a oportunidade de fazer o simples pedido.

“O Fluminense precisa de quem não precisa do Fluminense”. Essa é uma frase que me incomodou por algum tempo. Eu a achava um tanto arrogante. Mas agora a minha opinião mudou. Graças a Deus ainda consigo mudar de opinião quando reconheço que estou errado.

Hoje penso que o Fluminense precisa de quem não precisa do Fluminense, e que também entenda que existem miríades de torcedores que amam esse clube. E que estes senhores representarão a voz de cada um deles.