A torcida tricolor merece mais (por Paulo Rocha)

Pois é, o recesso da Copa América acabou. O time teve tempo para treinar, a nova diretoria contratou reforços, diminuiu consideravelmente as pendências financeiras. E o que vimos segunda-feira à noite no Maracanã? Aquele mesmo Fluminense ineficiente que, mesmo atuando sob o calor de sua torcida, não consegue vencer adversários nitidamente inferiores tecnicamente.

A equipe treinada por Fernando Diniz trabalha a redonda desde a defesa, troca passes, supera os adversários em posse de bola. E daí? Cadê os resultados? Em dez jogos do Campeonato Brasileiro, obtivemos apenas duas vitórias. Não vencemos Goiás e Ceará no Maracanã. O que esperar de um time com tal performance?

Também gosto do Fernando Diniz, mas a cada partida que vejo o Fluminense cometer os mesmos erros, essa simpatia diminui um pouquinho. Os pontos que perdemos só são possíveis de recuperar com vitórias magnânimas, como aquela que obtivemos na Arena do Grêmio. Sábado, teremos pela frente o Vasco, em São Januário. O que esperar?

No que diz respeito à escalação da equipe, mudanças urgem. Muriel tem que assumir logo a posição de titular. Na lateral esquerda, Caio Henrique é previsível demais – sua posição real é no meio-campo, onde, inclusive, poderia ser mais útil. Por que Marlon (que não é nenhuma maravilha, mas é da posição) não é mais escalado? E por que Mascarenhas se machuca tanto?

Outro ponto fundamental: Pedro e João Pedro juntos desde o início dos jogos não dá. Estão matando o talento do garoto de 17 anos colocando-o para atuar pelo lado do campo. É nítido como ele fica desconfortável. E o moleque tem cheiro de gol – talvez até mais do que o badalado Pedro.

Com a saída do asqueroso do Luciano, quem tem que ocupar a função de recuar e fazer o lado direito do campo é o Nenê. Espero que ele esteja bem fisicamente, pois talento tem de sobra. A torcida tricolor, que nos últimos dias deu shows tanto nas Laranjeiras quanto no Maraca (23 mil presentes numa segunda-feira à noite) merece mais do que este time inofensivo. Muito mais. Espero que os próximos jogos – e resultados – me façam queimar a língua.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade

1 Comments

  1. Seis chances cristalinas de gol criadas, fora mais umas três ou quatro menos claras, contra duas do Ceará.
    Mais posse de bola, mais chutes a gol, bola no chão e sem apelo a chuveirinhos.
    Os atacantes não convertem as chances, o zagueiro olha a bola e esquece o adversário na área, o goleiro é gordo e não tem explosão pra saltar na bola e a culpa é do Diniz.
    Uma boa parte da torcida merece ter mesmo é treineiros como Abelanta, Marcelo Oliveira e Levir Culpi.

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