A sensação (por Juliana Rolhano)

thiago silva copa das confederações

No futebol, como em todas as competições da face da Terra, existe aquela adrenalina do imprevisível resultado. Ondas de tremor percorrem o corpo dos envolvidos. Dúvidas e certezas cercam a alma dos implicados nas disputas. Mas é o tipo de emoção que a grande maioria não abre mão. De forma alguma.

Mergulhados na maior competição do mundo, divididos entre aqueles que se opõem e aqueles que se jogam de cabeça, vivenciamos toda esta euforia. Todos querem vencer, mas somente um vai conseguir. Todos querem ser o melhor, mas somente um pode ser.

Pensei sobre isto esta semana. No último jogo da Seleção observei a chegada dos jogadores. A saída do ônibus. A entrada no estádio. No vestiário. E logo depois no campo. Imaginem como não estava o coração deste povo?

Tá, eles ganham muito dinheiro pra estar ali. Tá, eles tem a obrigação de fazer o melhor. Mas percebam: se numa simples competição da rua, da escola, da faculdade, do trabalho, da academia, ou de qualquer lugar, que vale somente a moral e o ego, ficamos doidos e completamente pilhados, imaginem apenas por um momento como não estão os jogadores da Seleção Brasileira.

Quando exercia o ballet, antes de todas as minhas apresentações, minha perna ficava completamente dormente. Imaginem: uma bailarina entrar no palco sem sentir as pernas! Pois é, apenas posso imaginar o que passa na cabeça destes jogadores.

Eles vivem pra isso. Para o futebol. Por isso tem a obrigação de ganhar.

Eles ganham rios de dinheiro pra isso. Para o futebol. Por isso tem a obrigação de ganhar.

São considerados os melhores jogadores do mundo. Por isso tem a obrigação de ganhar.

Eles pertencem à Seleção pentacampeã mundial. Por isso tem a obrigação de ganhar.

Eles possuem a carga de defender o país do futebol. Por isso tem a obrigação de ganhar.

Eles estão jogando em casa. Por isso tem a obrigação de ganhar tudo.

Mas, apesar de todo o peso que os jogadores da seleção Canarinho estão carregando nas costas, sinto que tudo está fluindo muito bem.

No fundo, todos pensam a cada início de jogo do Brasil: nós temos que vencer!

Todos querem vencer. Mas somente um vai conseguir.

Sabe aquela sensação de que tudo vai dar certo?

Sabe aquela voz dentro de nós que nos garante que o fim é belo?

Então, a sensação é essa. É o que se espera para daqui a pouco contra o Chile no Mineirão, com ou sem mudanças na equipe – talvez Fernandinho e Maicon. Chegou a fase final.

Hora de decisão.

Panorama Tricolor

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