Neste mesmo espaço, em 24/03/2015, questionei a badalada contratação do treinador Ricardo Drubscky via eficiência, scout e congêneres.
Com todo respeito ao profissional, não via nele o currículo desejável para ser uma aposta nas Laranjeiras.
E escrevi que, se o caso era de uma aposta, outros profissionais que conhecessem a liturgia da casa eram mais razoáveis para tal, inclusive o querido Marcão – que deve comandar o time na partida contra o Corinthians.
Houve quem acusasse este colunista de “não ser tricolor”, de “jogar contra” e de “cornetar”, com todo o ridículo das expressões utilizadas.
Em pouco menos de dois meses, não foi o caso de Drub não ter tempo de implantar sua filosofia de trabalho, deveras decantada nos primeiros dias.
Ela simplesmente não foi encontrada.
A última partida feita pelo Fluminense com alta qualidade foi nos 3 a 1 sobre o Botafogo na Taça Guanabara, ainda sob a direção de Cristóvão.
De lá para cá, devaneios, exacerbações e nenhum diamente em campo.
A diretoria, baseada num scout, aprovou a contratação com louvor.
Menos de dois meses depois, um acordo cerra as portas da percepção de genialidade que deveríamos ter visto em campo – e é CLARO que não vimos.
Cristóvão teve o contrato renovado no fim de 2014 e rodou 90 dias depois.
Drub não chegou aos 60.
Pelo visto, em alguns casos, no Fluminense alguns sonhos não têm a duração de um contrato de experiência.
Um lapso momentâneo de razão.
Experiência?
Talvez seja exatamente isso que falte hoje no Estado Maior do Fluminense.
No mais, este modesto “torcedor de arquibancada” acompanha sob distância regulamentar o Febeapá das Laranjeiras desde o fim de 2014 (ou antes?). Assim tem sido desde o distante 1978.
Quanto ao nome do sucessor, todo cuidado é pouco. Esperança. Ou calafrios. Façam suas apostas. Não há dinheiro. Se houver, será decorrente da economia do que não tinha sido devidamente planejado.
Resta saber quem vai terminar bem na foto ou com o filme irremediavelmente queimado, tal como nos tempos de antigamente.
Boa sorte, Fluminense.
Com o scout, os estatísticos.
@pauloandel