Independentemente do apoio que cada eleitor tricolor ofereça a seu candidato, considero indispensáveis neste momento algumas reflexões.
A primeira delas: no final do dia 26, o Fluminense terá um novo presidente, mas nenhum tricolor terá sido derrotado porque sua escolha eleitoral não seja a vencedora do pleito, com a possível exceção de um ou outro envolvido neste processo democrático exclusivamente por interesses particulares, colocando-os acima do Tricolor. O novo presidente tem a missão de reunificar a torcida em suas diversas arestas, dentre inúmeras outras de sua gestão.
Segundo: somos todos tricolores e devemos buscar o entendimento e a paz, sem exceções. Reitero: nunca vi nada construído com ódio que desse certo, com exceção do meu querido Black Sabbath que, por sinal, está em seu momento de despedida.
Terceiro: o ano de 2017 será difícil para o Fluminense com qualquer presidente. O que queremos? Que o barco atravesse o mar ou afunde no meio do caminho? É bom que se diga: votar em qualquer candidato, em qualquer situação, não significa assinar uma procuração em branco autorizando qualquer sandice, mas sim acreditar numa proposta, numa construção e principalmente cobrá-la. Não basta apertar o botão, dar tchau e sonhar com os títulos. Caberá aos novos dirigentes a pavimentação dos novos caminhos do Fluminense, mas aos eleitores do clube é fundamental ter em mente que a eleição é uma etapa e não o fim da participação na cidadania tricolor.
A responsabilidade para uma eleição em paz, lúcida, de acordo com as tradições do Fluminense é de todos: candidatos, membros de chapas, militantes, formadores de opinião, blogueiros, escritores, jornalistas, todos os torcedores em geral. A história saberá registrar quem faltou com a responsabilidade neste processo, confundindo (propositalmente ou não) veemência com violência verbal, direito de opinião com liberdade de calúnia e diálogo maduro com prostituição política. A internet não esquece.
Todos os que me acompanham neste PANORAMA e nas redes sociais já conhecem minhas opiniões a respeito, bem como minha decisão como eleitor. Não precisei defenestrar os candidatos adversários para reconhecer nas minhas escolhas o que considero o melhor para o clube e, cá entre nós, desconfio de todo discurso de cólera intensa contra pessoas e grupos, o que está bem longe de não apontar ou reconhecer inúmeras falhas. Quero ajudar a consertar erros, mas não destruir quem eventualmente tenha errado. Sem salário e/ou cargo no clube, ok?
Nem lama, nem caos: eu quero lucidez. É nisso que acredito. E a lucidez jamais será construída com ódios.
Em resumo, maturidade.
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Meu apreço e respeito profundo aos grupos políticos MR21, Esperança Tricolor e Flu 2050, entre outros. Teria sido infinitamente mais cômodo “perder” a eleição e depois ficar jogando pedras por três anos, já pensando em 2019. Optaram por tentar vencê-la e, de dentro, ajudar na construção de um novo Fluminense, deixando animosidades pessoais de lado e buscando o entendimento. Pensaram no coletivo, não no particular. Uma decisão muito corajosa, que nada tem a ver com as maledicências que se vê em logradouros de baixo calão na rede mundial de computadores.
Meu respeito também aos grupos que apoiam outros candidatos do processo eleitoral do Flu dentro dos princípios elementares de ética.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: rap
Paulo, vc é uma liderança tricolor importante e acho que deixar mais claro seu voto seja importante para os indecisos.
Eu acredito que votará no mesmo candidato que eu, o Abad, mais pelo projeto de união em detrimento das duas candidaturas personalísticas.
Andel: Waldo, meu voto em Abad e os motivos estão cristalinos nas redes sociais, sem o menor problema. Sigo sua relatoria. Abraçaço. ST.