No meio do caminho tinha uma pedra. E que pedra…entre as duas partidas pela Recopa, contra a LDU, tem um Fla-Flu pelo Carioca. A prioridade, logicamente, é o título internacional. Mas vem sempre aquela velha história: poupar ou não o time para a finalíssima do dia 29, no Maracanã?
Normal seria que sim. Porque o primeiro jogo no Equador vai ser complicado. Lá é sempre muito difícil, por várias questões, que vão além das quatro linhas. Lá é guerra, literalmente. Há alguns dias o país ainda estava sitiado politicamente. Parece que o perigo foi sanado.
Tem a pressão do jogo, viagem muito cansativa, adaptação à altitude (assombrosa) de Quito e as lembranças daquela final de 2008, perdida nos pênaltis. Não, isso jamais foi esquecido. Nem pode ser.
Mesmo com todo o cansaço no retorno ao Rio, boa parte da torcida não quer ver um time reserva no Fla-Flu. Ainda mais contra os rivais. O ideal seria mesclar, sem dar chances de contusões para a grande final contra os equatorianos. Tomara que o Diniz saiba como fazer isso.
Só nos resta lutar contra o cansaço, coisa que só o Fluminense sabe fazer. Motivação não vai faltar e temos que encarar. Buscar oxigênio e concentrar.
Em menos de quatro meses, o Fluminense vai disputar a terceira final internacional com grandes chances de conquistar a segunda. Uma fase maravilhosa para todo tricolor.
Aquele 2 de julho de 2008 foi reeditado com sucesso e orgulho em 4 de novembro. Agora é contra a mesma LDU que nos tirou a chance da primeira Libertadores num dos espetáculos mais lindos que o futebol já viu.
Queremos esse título. E é inquestionável esse sabor de revanche. Tem todo um discurso de que eu posso, eu quero, eu consigo.
Bonito vai ser ver a torcida proporcionar pela terceira vez outro espetáculo com o Maracanã como cenário. Aquelas imagens que rodaram o mundo em 2 de julho de 2008, em 4 de novembro de 2023, serão repetidas em 29 de fevereiro de 2024. O Maracanã é a nossa casa e sabemos como ninguém fazer uma festa.