Em 2014, no programa da SporTV outrora apresentado por André Rizek, Marvel dos Anjos se deu a ridicularizar “Pagar o quê?”, livro que escrevi com Luiz Alberto Couceiro, Cezar Santa Ana, João Garcez, Marcelo Janot e Valterson Botelho. Na ocasião, Janot era convidado do programa e defendeu muito bem o livro, ainda que tenha passado por duas horas ouvindo os deboches de Marvel contra a obra e contra o Fluminense, num momento em que tricolores eram agredidos nas ruas e ameaçados por conta do desfecho do Brasileiro 2013, apelidado de “Flamenguesa”.

Desnecessário dizer de um jornalista que resenha um livro que não leu. Farsante é o mínimo.

Mas já vinha de antes. Desde o tempo em que era blogueirinho do Globoesporte (pffffffff), um de seus passatempos era debochar do título mundial conquistado pelo Fluminense em 1952. Um de seu recursos estilísticos é o de tentar ridicularizar quem se oponha às suas ideias futebolísticas, do alto da soberba de quem tem pouco mais de quarenta anos e quer demonstrar a sabedoria de um octogenário.

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Ano passado, comemorou na redação do próprio jornal a conquista da Libertadores. Por se considerar certo e senhor da razão, demitiu o rapaz que divulgou o vídeo. Era bem mais fácil do que se desculpar, não por ser torcedor, mas por desalinhar a isenção de um dos maiores veículos de comunicação do Brasil com seu ato.

Agora, irritado com as críticas de PC Caju a seu time de coração, Marvel demitiu o respeitado colunista por telefone. Em sua gestão como editor de esportes, o caderno do jornal tem que ter cores e time. O resto é o resto.

Mais um capítulo bizarro de um jornal que já foi o maior do país e hoje agoniza, dispensando seus melhores profissionais e avacalhando com sua isenção.

O campeonato carioca já se avizinha. Uma coisa é certa: em O Globo, é certo que o Fluminense será regularmente sacaneado. O total desprezo ao veículo é desejável.

Uma vez tendencioso, sempre tendencioso.

Panorama Tricolor

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