A inaceitável degradação tricolor (por Claudia Barros)

Degradante.

É assim que enxergo a situação do Fluminense na tabela do Brasileirão 2024.

Olhar a tabela e ver o líder com 30 pontos e o Fluminense, na lanterna, com míseros sete pontos é absolutamente degradante.

Mais do que isso, é imperdoável.

Claramente, os jogadores estão incomodados com a atual situação.

Mais clara ainda é a desorganização do elenco tricolor.

A mescla entre jovens e maduros não deu certo. Principalmente porque os maduros estão no elenco e nos campos, em profusão. E não se trata de etarismo, mas de uma equação mais lógica do que Aristóteles: não é possível equilibrar um time de futebol, numa época em que força física é importante, quando se tem no elenco jogadores em declínio profissional, na sua maioria, em detrimento da juventude e do vigor.

Sei que não é fácil atribuir tamanha responsabilidade aos jovens que sequer sabem como sair das armadilhas dos gramados.

Contudo, se há uma régua a ser traçada que seja aquela onde os mais experientes sirvam de escada para os mais jovens. E não aquela em que os mais jovens sirvam de amparo para jogadores que, nitidamente, não perdem de um render na plenitude.

Nessa lista de ex-jogadores escalo Renato Augusto e Douglas Costa.

Por que não escalo Marcelo, pode perguntar o leitor e a leitora?

Porque, em que pese estar nos últimos patamares da carreira, é craque demais, é gênio demais e está no Olimpo do futebol.

Mano fez sua estreia no Fluminense na 14° rodada do Brasileirão, contra um dos seus muitos ex_times, o Internacional de Porto Alegre.

Ficou claro que o esquema é outro, que as intenções divergem do dinizismo e que precisamos ter paciência para esperar acontecer o milagre de Menezes.

Não obstante, a máxima de que para conseguir resultados diferentes é preciso, também, agir diferente toca a campainha da realidade.

Está cedo, muito cedo, mas se Mano não fizer diferença, se não inovar nas escolhas e no esquema de jogo, ficaremos parados na mesma estação. A estação das escolhas erradas e dos resultados pífios.

Meu sentimento é de degradação e desgaste.

Espero, do fundo do meu coração, que haja uma virada descomunal na situação do Fluminense, sob pena de muito aperreio, lamento e incertezas.