A grandeza tricolor não se abate (por Walace Cestari)

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Ufa grená, que cabou o sofrimento. Agonia doida de chegar ao fim do ano e só torcer pro ano acabar. Quero saber nada de balanço financeiro, de ajuste contábil, de austeridade nas despesas, de reposicionamento da marca e de um monte de outras balelas que não entram em campo.

Não torço para o setor contábil do Fluminense. Acho mesmo que nem um terno grená tem o Dr. Não-sei-seu-nome que ocupa alguma mesa no terceiro andar da sede do Laranjal. Podem achar-me um totem da antiguidade, um ícone dinossáurico do mundo corporativo moderno, mas ninguém vai me convencer de que a papelada é mais importante que as quatro linhas.

É no gramado que está nossa fonte de renda. É nas arquibancadas que está nosso maior patrimônio. É no grito das crianças que mora nossa esperança. É em cada troféu conquistado que reconhecemos nossa grandeza. A história que temos é muito maior que a administracionice que virou ultimamente prioridade no Fluminense.

E vamos com a sinceridade debaixo do braço nesta conversa: é vil demais culpar antigas administrações. Em primeiro lugar porque seria desonestidade imensa com o passado recente em que a chapa vencedora apresentara-se como situação. Depois, porque os gastos realizados são questionáveis ao extremo e não podem, em hipótese alguma, justificar resultados contábeis ou futebolísticos.

Arre, que teríamos de vender uns jogadores era certo e sabido desde o início dos tempos de 2017! Mas o que fizemos com este dinheiro? Sinceramente não sei se é culpa de Abel ou de Abad, mas alguém não soube o ABC da contratação de reforços.

Optamos durante o ano por agarrar-nos à base e àquele elenco. Ok. Mas de onde saiu a ideia de torrar sete milhões e meio de reais em um único jogador? Quedê planejamento aí? Não faz sentido. Sei lá se é hora de perguntar, mas quanto ganha o Marquinho? Não falo pelas constantes contusões, mas é que, mesmo no melhor da forma, não vale o quanto pagam mensalmente para ele, pois não era craque na primeira passagem (um jogado bem mediano, diga-se de passagem) e, seguramente não ficou melhor com a idade e com a passagem pelas Arábias.

Abel tem parte nisso? Se tem errou. Não estou aqui para atacar gratuitamente a ninguém. Muito menos pagamente, pois não recebo nada para reclamar aqui neste democraticíssimo Panorama. Não sou financiado; financio, ao contrário. Confesso que deveria querer saber mais de contas, mas o que conta, ao que me consta, é contar com bons jogadores.

Os salários não podem atrasar. O time não pode andar em campo. A torcida não pode torcer por alívios. O estádio não pode ficar à meia-boca, na meia-luz da tabela. Vivemos de títulos. Precisamos de mudar. Se planejar é o que vocês sabem fazer, planejem como ganharemos. 2018 está aí. Não dá para admitir nada menos que a grandeza do Fluminense. Se não, nem Abel, nem Abad. Só abate.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: cw