A decisão equivocada de Renato (por Flávio Souza)

Caros amigos e amigas leitores desta coluna, antes de entrar no assunto principal que planejei escrever, preciso confessar para vocês que fiquei muito feliz com a contratação do Renato Gaúcho como técnico do Fluminense. Sou admirador do seu tempo como jogador e também como técnico, e acreditava que ele ainda tinha uma estrada a trilhar no Fluminense, que seu trabalho no clube ainda poderia render ótimos frutos.

Tive a felicidade inenarrável de estar no Maracanã em dois momentos históricos do Fluminense que o envolvem diretamente. O primeiro foi a final do Campeonato Carioca de 1995 e do Gol de Barriga, o maior jogo de futebol que eu já vi no estádio. O segundo foi a final da Libertadores de 2008, quando a nossa torcida fez a festa mais bonita que eu já vi, tanto fora quanto dentro do anel do antigo Maracanã. Infelizmente perdemos o jogo, mas nunca irei me esquecer de ter vivido aquela festa.

Bom, meu querido leitor, você agora provavelmente não tem mais qualquer dúvida da minha admiração pelo Renato, certo? Mas saiba que mesmo admirando-o, eu nunca irei me eximir de criticá-lo quando acreditar que decisões erradas foram tomadas ou quando entender que coisas feitas de outras formas trariam melhor resultado para o Fluminense.

A decisão de poupar o time inteiro e a si mesmo foi algo na minha visão injustificável. Essa temporada é longa e pesada, o time acaba jogando duas vezes por semana e é óbvio que será necessário descansar alguns atletas, principalmente aqueles mais velhos. Mas poupar todos os titulares? Eu acredito que teria sido melhor poupar 3 ou 4 titulares e ir para o jogo contra o Unión Española com um time misto, fazer o resultado no início da partida e aí colocar os garotos em campo. Isso teria feito passarmos menos sufoco na partida terrível feita pelo time alternativo.

E o Renato, que não viajou? Sinceramente acho uma decisão muito ruim, mesmo com a desculpa de ficar no Rio para treinar o time principal. Isso sem dúvida vai colocar ainda mais pressão no nosso time, que precisa de qualquer forma vencer o Botafogo e dar um fim nessa sequência recorde de sete derrotas consecutivas.

Claro que Renato não acertará todas nem errará pouco, mas sou um otimista e acredito que ele nos ajudará a ter uma temporada digna, pelo menos, e quem sabe até algum título.

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