Tranquilo, tranquilo (25/01/2013)
Feitas as pazes com a camisa tricolor – em belo modelo atual, após o equívoco de 2012 – o Fluminense veio a campo novamente para enfrentar o Olaria pela Taça Guanabara, com seu time supostamente reserva (eu diria “complementar”), mas cheio de jogadores com experiência e talento, advindos de jornadas vitoriosas: Berna, Digão, Euzébio, Edinho, Valencia, Neves, Jean, Sóbis, mais o auxílio luxuoso de Wagner e Nem no banco. Para os que não incluem o Fluminense como um dos favoritos a qualquer competição que disputará neste 2013, hora de trocar as lentes do par de óculos. Nas arquibancadas, os quatro mil maníacos que valem por cem mil derrotistas-rebeldes-sem-causa.
Os dois times no 4-4-2, logo desmontado em Bariri porque, mal dada a saída de bola e éramos líderes no placar, depois do bom cruzamento da direita do Neves, a cabeçada para trás do zagueiro olariense e Euzébio chegando no melhor estilo “centroavante rompedor” de outros tempos. Ajeitou e fuzilou o goleiro Rafael sem piedade. Claro, as coisas se tornaram mais fáceis por conta do gol precoce, mas isso tem a ver apenas com a competência tricolor – e, portanto, o mérito. Depois, tivemos os lençóis de Bruno, muito bonitos, de modo que o pouparei de sua ojeriza à linha de fundo. Jean, muito bem, chutando à esquerda do gol, afora o belo passe que deu para Sóbis chutar por cima. Em 20 ou 30 minutos de partida, tudo em campo remetia à superioridade tricolor, de modo que o Olaria mal passava do meio-campo e só conseguiu uma finalização nos primeiros 45 minutos iniciais. Ainda tentaram alguma graça nos 15 minutos finais, mas nada que incomodasse Berna, exceto uma jogada em que nosso goleiro teve que espanar uma bola recuada com força, de primeira, feito fosse um zagueirão de outrora. Em contrapartida, Samuel deu um bom chute que um beque interceptou, Neves tentou outra vez de cabeça – aliás, ressalte-se ter sido uma das melhores atuações dele desde tempos atrás. Ah, se Digão tivesse acertado a bicicleta que cogitou. Bom, primeiro tempo tranquilo e nosso com sobras.
Supremo, o Fluminense decidiu o jogo nos cinco minutos iniciais do segundo tempo, fazendo dois gols típicos de um time que está em grande fase: primeiro com Nem, que havia acabado de entrar, tirou o goleiro espertamente e tocou enviesado. Sem deixar o Olaria respirar após a saída de bola, Edinho deu excelente passe e Jean fuzilou com precisão no canto esquerdo. Sem nenhum desrespeito, mas o simpático Olaria só marcou seu gol de honra porque o raçudo Valencia titubeou, sendo desarmado por Leo Rocha (aquele mesmo do pênalti engraçadinho na partida Botafogo x Treze-PB ano passado) que driblou Berna e concluiu. Lógico, com o jogo já perdido, mas tendo feito um gol, Bariri se esforçou para tentar diminuir o marcador, mas em vão. Samuel saiu para Wagner voltar a campo, aplicado, mas sem o brilho do domingo. Rhayner em lugar de Sóbis. Nosso time não ficou acelerado por causa das substituições e nem precisava; ainda assim, mantivemos as rédeas da partida e perdemos uns três gols pelo menos. Edinho salvou um de cabeça, mostrando força e concentração.
No fim do jogo, o drible espetacular de Nem: bola entre as pernas do zagueiro completamente vendido no lance, em jogada pela direita que, por si só, já valeu o ingresso. Aliás, o Fluminense sempre vale qualquer ingresso, exceto para as carpideiras rancorosas e os intelectuais de uma frase só. Tomara que Felipe entre jogando muita bola, porque se isso ocorrer aí a nossa “Maquininha” (versão “Máquina” com jogadores poupados) vai render muito mais. Domingo tem clássico contra o Botafogo, primeira hora de ver quem tem mais lenha para queimar.
Paulo-Roberto Andel
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Contato: Vitor Franklin
Muito bom Andel, mas destaco uma frase:
exceto para as carpideiras rancorosas e os intelectuais de uma frase só.
Por isso: Fora Abe!!! rs
Bom o Flu levar a sério esse primeiro turno, vencer e deixar para se preocupar com o carioca somente na decisão, investindo com mais tranquilidade na Libertadores, que é o que interessa esse ano.
Andel, o Jean e o Wellington Nem, serão preponderantes nesse 2013!
Sobre seus textos: com certeza o profeta tricolor, assinaria embaixo o que tu escreves!
Pra cima do foguinho; Outro 7 x 1 cairia bem!
ST4!
Saudações Tricolores, vi bem os dois jogos e me lembro bem das primeiras partidas de 2012. Realmente, diferente do ano passado, este ano nosso plantel já parece organizado e definido. O elenco está mais forte que nunca, o que ano passado era aposta, hoje está consolidado. Não existe time reserva, existe sim jogadores em início de temporada e a falta de ritmo é questão de tempo. Quem vê o Fluminense, vê uma esquema, vê padrão, vê inúmeras opções de banco, jogadores lutando por uma mesma causa. A tendência é acalçarmos um patamar de disputa maior que 2012. O auge nos aguarda, assim como o Mundo e não falo pelo Glorioso de outrora, mas respondo com toda convicção que nosso Fluminense tem muita lenha para queimar neste ano.
Eu fui ao jogo e o que mais me chamou a atenção foi a movimentação do time e o toque de bola.