Nunca tive vocação para profeta do apocalipse, tampouco tenho envolvimento com qualquer corrente política do clube. Embora tenha pertencido ao quadro de sócios na minha juventude, meu relacionamento com o Fluminense foi firmado nos estádios, como torcedor, e no exercício da minha profissão de jornalista. Longe de minhas intenções instalar crise nas Laranjeiras. Mas que a batata do técnico Fernando Diniz está assando, não há como negar.
Embora na Sula estejamos bem e possamos, até, acreditar em título, no Campeonato Brasileiro atravessamos uma corda-bamba agoniante. Ficar ali, à beira da zona de rebaixamento, é doloroso demais – além de estar se tornando algo recorrente. E nossa disputa contra a degola, ao menos neste momento, é com o Cruzeiro.
O time mineiro, apesar de ser freguês nosso, é um gigante que pode acordar a qualquer momento, pois possui um dos melhores elencos do Brasil. E, inclusive, trocou de treinador, algo que outros clubes utilizam como prática. Muitas vezes dá resultado, outras tantas, não. O que não dá resultado com certeza é a inércia e a teimosia.
Pois bem, digo-lhes que a batata de Fernando Diniz está quase assada. Mesmo se mostrando um pouco mais flexível em suas opiniões, até em razão dos resultados pífios, o time do Flu é previsível, demais. Avançamos na Sul-Americana em parte pelo desconhecimento que os gringos têm de nossa equipe. Só que, agora, pegaremos o Corinthians.
Estamos na torcida por uma boa vitória sobre o CSA, domingo, no Maraca. Caso ela não venha e o time entre na zona de rebaixamento nesta rodada, a demissão de Diniz é certa. O problema é que, quem vier, ficará somente até o fim do ano. Para a próxima temporada, os sonhos tricolores para a vaga de treinador são com dois nomes que já foram campeões com a camisa tricolor. Não é difícil imaginar suas identidades. Voltaremos a tratar desse assunto.
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Podem me perguntar se não opinarei sobre o desfalque do Pedro, que teve lesão muscular, nas próximas partidas do Fluminense. Claro que fará falta, mas creio que João Pedro tem mais cheiro de gol. O garoto parece predestinado a viver grandes momentos. Contudo, para fazer funcionar sua vocação artilheira, Marcos Paulo precisa estar ao seu lado. Eles se completam. O lugar do Casal sub-20 é dentro de campo. No ataque.
Panorama Tricolor
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