A 10 sem dono (por Rods)

Camisa 10

E então mais um remanescente da era Unimed deixa as Laranjeiras. Wagner não joga mais pelo Flu e, assim, deixa a camisa 10 tricolor à disposição. Sendo realista, o agora ex-jogador do Fluminense não fazia jus à camisa. Teve bons momentos e até uma ou outra atuação de craque, mas é fato que nunca foi um autêntico “10”. Eu já abordei esse tema um tempo atrás, mas não me canso de afirmar a importância do “10”, o maestro, o dono do time, o jogador que dita o ritmo do jogo.

Nosso último “10” real não foi Conca e nem Thiago Neves. Nosso último “10” valia até por dois e não à toa, vestia a 20: Deco. Infelizmente veio em fim de carreira e não pôde exibir sua qualidade tantas vezes como gostaríamos e nem por muito tempo. Ainda assim foi campeão carioca e bicampeão brasileiro.

E agora? Vamos ter um autêntico “10” para vestir a 10? Após a confirmação das chegadas do Osvaldo e do Wellington Paulista, as redes sociais fervilham novamente com o nome de Ronaldinho Gaúcho. Após um leilão aberto e um acerto anunciado com o futebol turco, várias “fontes”, confiáveis ou não, foram citadas confirmando, inclusive que ele aparecerá no telão do Maracanã durante o jogo contra o Cruzeiro nesta quinta-feira. Caso se confirme, não fico feliz. Há três anos seria fantástico, mas hoje ele só está tentando enganar o tempo e a si próprio.

Mas também, até o nome do Montillo apareceu. Quando é assim, tudo pode ser verdade e tudo pode ser mentira. A segunda hipótese é geralmente mais factível. Mas vai saber?

Tudo bem Rods, então qual é a sua solução? Bom, eu vejo muita gente “pedindo” um “10” cascudo pra assumir o time. Mas acontece que, com o nosso orçamento, o mercado só no oferece de Wagner para baixo. Olhemos então para nós mesmos. Temos dois garotos que receberam chance recentemente: Gustavo Scarpa e Higor Leite. O primeiro também não vejo como distribuidor de jogo, então vamos ao segundo.

Quando surgiu era o “Igor com H”, o primo do Kaká. Seu parentesco foi o suficiente para chamar a atenção em primeiro momento. Afinal, nós temos essa mania de acreditar que o futebol está no DNA, mesmo com tantas provas contrárias. Mas enfim, o futebol dele se mostrou suficiente para manter a atenção conseguida. Ali, no meio de uma geração de vários jogadores habilidosos eu tive certeza que aquele “8” se tornaria um grande “10”.

Com o elenco cheio de medalhões, era óbvio que seria difícil ele conseguir lugar no time. Gostei quando foi emprestado para o Avaí e esperei um “efeito Wellington Nem”. Cheguei até a acompanhar o Campeonato Catarinense, mas ele voltou apenas para ser emprestado novamente, dessa vez para o Criciúma e depois para o Voltaço. Então temi um “efeito Lucas Patinho”. Por bem, Higor voltou a ser integrado ao elenco.

Entrou bem contra o São Paulo e jogou sem medo, de cabeça erguida. Foram poucos minutos, mas se apresentou com naturalidade. Não é “cascudo”, mas também não é inexperiente como alguns imaginam. Com Cavalieri, Jean e Fred, entre outros, para orientá-lo, basta dar apoio e moral. Outro candidato seria o Robert, mas, até por causa das contusões, hoje vejo Higor à sua frente.

O recado está dado. Espero que, independente do que seja anunciado amanhã, não esperem – de novo – por um momento que um jogador prata da casa possa viver em outro time.

Por fim, não há como fala de camisa 10 tricolor e não lembrar. Um ano sem Assis, uma saudade eterna.

ST

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

Imagens: Rods / PRA

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3 Comments

  1. Gostaria de saber se O Bryan Oliveira continua no elenco e se ele está treinando,pois disseram que o estilo dele é de( engaje)meia Argentino,apesar de ser Uruguaio,poderiam dar uma chance a ele.
    Ele é novo ,mais se for bom de bola,coloca ele para sentir realmente o ritmo de jogo do Brasileirão

    1. Brum,

      o Bryan continua no elenco, mas ainda não foi incorporado ao elenco principal para jogos oficiais. A ideia é não repetir o erro cometido com o Lanzini e subi-lo com calma, sem alarde.

      Abraço e ST!

    2. Bryan está jogando o Brasileiro Sub-20. Acredito que seja uma forma encontrada pela diretoria/comissão técnica de pôr o mlk pra jogar e observá-lo melhor.

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