Tá eufórico e ansioso? Tá sem saber o que fazer para o tempo passar depressa? Se você respondeu sim para essas perguntas, pode ter certeza estamos no mesmo barco. Mas por que será que o jogo com o “poderosíssimo” Caracas em uma situação que o empate já nos classifica mexe tanto com a gente? Acontece que esse é o primeiro jogo do ano que tem um peso real de decisão para nós tricolores (por acaso alguém aí se importou dessa mesma forma com a semifinal contra o Vasco?). Vale exatamente os mesmo três pontos que os anteriores, mas ainda assim é como se valesse mil. Ah, se você é do time dos tranquilos, me desculpe. Eu não consigo.

Hoje à noite nós sairemos de São Januário sabendo o próximo passo que a Libertadores no reserva. Talvez esse seja o único motivo de verdade que possa gerar tensão. Ficar de fora ninguém aceita, mas também nem quer pensar nisso. Nessa vertente vem o time da Venezuela, que, segundo seu técnico Ceferino Bencomo, está pronto para avançar na competição. Aliás, ainda segundo ele, uma vitória do Caracas não seria nenhuma surpresa e o resultado só depende deles. De duas, uma: ou ele não sabe nada de futebol ou é um jogo de cena para mostrar confiança.

Do nosso lado, primeiro uma notícia triste. Abel revelou que o Carlinhos jogou domingo com a recém-descoberta que sua esposa tinha perdido o bebê. Bem, eu não tenho como medir o tamanho da dor que o nosso camisa seis sentia enquanto jogava. Qualquer análise sobre seu desempenho contra o Flamengo deve ser esquecida. Espero de todo o coração que ele faça um gol hoje e ganhe motivos para sorrir.

Quanto à armação do time, Abel voltou a optar pelo mistério, mas deu algumas dicas. Com a volta definitiva do Nem, Michael volta para o banco e dá o posto de homem de referência para o Rafael Sóbis. Algum tempo atrás eu defendi esse posicionamento, mas na época nosso técnico optou por transformar o próprio Wellington Nem e centroavante. Dessa vez o Messi de Xerém seguirá correndo por uma ponta, com Rhayner correndo pela outra. Outra novidade deve ser uma maior liberdade para o Jean, que acabará armando o time junto com Wágner e que deixará o Edinho mais preso à zaga. Na defesa, sem surpresas: Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos. Cavalieri no gol.

No meu entender essa formação dá bastante força ao ataque, com um time leve e rápido, porém sólido na defesa. É possível enxergar que a intenção do Abel é pressionar o Caracas ainda no campo de ataque, sem deixar espaço para jogarem, principalmente levando-se em conta que ele faz questão que o time todo volte para marcar. Se eles conseguirem atacar, pode ter certeza que nosso contra-ataque será rápido e eficaz. Eu acredito que o Sóbis se encontre nessa função. Michael e Samuel ainda precisam de feijão.

Claro que estou confiante, mas o nervosismo, euforia e ansiedade vão continuar falando mais alto até a hora do jogo. O jeito é tentar preencher o dia com qualquer coisa e esperar a hora passar. Eu espero que você consiga, pois pra mim será difícil…