Bom resultado (por Marcelo Vivone)

Dadas as condições a que o time foi submetido no último jogo, o resultado pode ser considerado bom. Nosso time encontrou um estádio quase lotado e que por suas dimensões pode facilmente intimidar o adversário.Outra condição adversa que o time enfrentou foi a atuação desastrosa do árbitro e seus auxiliares. Foram diversos erros, vários deles em lances decisivos. Sofremos um gol irregular logo aos 3 minutos de jogo e alguns momentos depois foi marcado erroneamente um impedimento do Tiago Neves, o que anulou um lance claríssimo de gol a nosso favor.

A confirmação do gol do adversário impõe outra vez que seja debatido o real papel daquele cidadão que fica atrás do gol e que, pela versão oficial, está ali para apitar os lances que o juiz não consegue visualizar. Esse lance foi a prova definitiva de que esse personagem serve apenas para onerar ainda mais as taxas pagas pelos times. É IMPOSSÍVEL que o juiz de fundo não tenha visto a mão intencionalmente colocada na bola e que serviu para o adversário marcar o gol.

Ainda no primeiro tempo vimos o time do Cruzeiro fechar-se e abusar das faltas na intermediária, uma prática característica dos times comandados pelo técnico adversário. O problema é que em momento algum o juiz coibiu esse tipo de atitude.

Houve tempo na primeira metade do jogo para mais um erro do juiz ao ignorar um pênalti do nosso lateral Wallace. Esse foi o único erro a nosso favor. Todos os demais ou tiveram peso nulo, ou beneficiaram o adversário.

No segundo tempo, continuando seus equívocos, o “comandante” da partida ignorou algumas trocas de cotoveladas e socos em todos os lances de escanteio e resolveu expulsar um jogador de cada lado em um lance menos violento que os demais.

Aliás, o jogador que foi expulso nesse lance ao lado do Mateus Carvalho deveria ter sido excluído da partida muito antes desse lance, pois usou e abusou das faltas desde o 1º tempo. Wellington Paulista também foi outro que se aproveitou da fraqueza disciplinar do juiz da peleja. Só que ele, ao invés de faltas, utilizou outra prática irregular, que foi provocar nossos jogadores durante toda a partida.

Todo esse quadro transformou a partida em uma batalha, a tal ponto que um torcedor menos avisado e que tivesse acabado de ligar a TV poderia tranquilamente achar que se tratava um jogo de um dos torneios sul-americanos. Foram pelo menos 30 minutos de muita guerra e pouco futebol, algo que nós, torcedores tricolores, habituamo-nos a ver nos últimos 4 anos.

Portanto, em um cenário desses, é perfeitamente concebível não termos conseguido a vitória. Fica, por outro lado, um gosto amargo pela certeza de que poderia ter sido melhor. Apesar da igualdade entre as equipes durante a maior parte da partida, tivemos uma chance espetacular com o nosso capitão já no final do 2º tempo. Infelizmente nosso goleador fuzilou não o gol, mas sim o goleiro e acabou não conseguindo marcar seu 2º tento na partida.

Falando em gol e no nosso capitão, há aqueles, como é o caso de um dos meus irmãos, que consideram uma falta de respeito com a nossa torcida o fato dele não comemorar os gols marcados contra o Cruzeiro. Entendo e respeito quem pensa dessa forma. Eu mesmo não tenho um conceito totalmente formado sobre essa questão. O que tenho certeza é que quero que ele continue metendo muitos gols com a nossa camisa.

Ainda sobre o nosso capitão, acho que não poderia haver melhor momento para que ele recebesse o 3º cartão amarelo. Não há desculpas, nem a falta dele e do Deco, para não ganharmos os 3 pontos na partida de sábado contra o Sport. Ainda mais por que ganhamos o reforço da ausência do nosso abominável cabeça de área por ter finalmente recebido o 3º cartão amarelo. Pena que quem deve entrar em seu lugar seja o Diguinho. Nada é perfeito.

No assunto desfalques, ganhamos mais um reforço para a nossa forte equipe de lesionados. Dessa vez foi o lateral Carlinhos, que vai fazer muita falta até pelo fraco nível do seu substituto. Esse assunto das lesões do time faz tempo extrapolou qualquer limite aceitável, mas parece ser perda de tempo dissecá-lo, pois parece que elas continuarão a ocorrer aos montes. Se houvesse um campeonato disputado somente com os jogadores machucados, certamente seríamos campeões antecipados com muitas rodadas de antecedência.

Terminamos a rodada em 2º e, o mais importante, mantendo a distância de 3 pontos ganhos para o líder. O 1º colocado na tabela não aproveitou a oportunidade de abrir maior distância para nós e a próxima rodada é uma boa oportunidade para os alcançarmos ou ao menos nos aproximarmos. Basta, para isso, que cumpramos nossa obrigação de vencer um candidato ao rebaixamento em nossa casa.

Marcelo Vivone

Panorama Tricolor/ FluNews

Imagem: globoesporte.com

Contato: Vitor Franklin

1 Comments

  1. Tenho, paricularmente, uma visão muito bem formada sobre não comemorar gols conta ex-times. Acho uma tremenda demagogia, pra não dizer palhaçada (pronto, disse !). Primeiro, por que seria desrespeito uma simples comemoração de gol (desde que não faça gestos provocativos, é claro) ? Segundo, você é jogador do time atual, não do ex-time. Desculpem a obviedade, mas por mais óbvio que seja muita gente não enxerga. Não comemorar é desrespeito com o time atual, afinal você tem compromisso (mais que compromisso: um contrato !) com seu time atual. E contrato quase milionário, no caso do Fred ! O ex-time é coisa do passado. O presente é seu time atual. É onde você está jogando e (deveria estar) comemorando os gols. Não comemorar o gol é dar mais valor à torcida do ex-time do que à torcida atual. Resumindo: é pura demagogia (e palhaçada !).

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