Mantendo o foco (por Gustavo Reguffe)

Passada a distração das Olimpíadas, podemos voltar a nos concentrar totalmente no caminho rumo ao tetra no Brasileirão. O que não quer dizer que devamos deixar de lado tudo o que aconteceu nesses jogos olímpicos; pelo contrário, podemos tirar valiosas lições das histórias de sucesso e, talvez principalmente, das histórias de fracasso experimentadas pelas seleções nacionais.

Por um lado, é óbvio que se deve sempre tomar como exemplo positivo a obstinação e dedicação da seleção feminina de vôlei, empenhando-se ao máximo em superar uma situação adversa. O que, aliás, nem seria novidade em nossa trajetória; está em nossa tradição desafiar o impossível e o Flu já deu inúmeros exemplos de que é capaz de desmentir as estatísticas mais pessimistas.

Por outro lado, é importante que se apreenda alguma coisa desse “fiasco” de nossa seleção masculina de futebol – sem desmerecer a medalha de prata, mas o Brasil deixou escapar o título mais fácil dos últimos tempos. Enquanto tentou-se manter um esquema teoricamente ofensivo, mais condizente com nossa tradição, obtivemos bons resultados, ainda que tomando alguns sustos, haja vista que o time ainda tem muitos problemas a corrigir. Porém, bastou que a final se aproximasse e a possibilidade de medalha de ouro ficasse realmente palpável para que houvesse um retrocesso e, já na escalação inicial, se pudesse notar o inexplicável acovardamento. Pois é, deu no que deu.

Voltando os holofotes de volta em direção à nossa realidade, enxergamos uma equipe que vem conseguindo os resultados, apesar de ainda não ter logrado imprimir um padrão de jogo consistente. Além dos arroubos defensivistas de nosso técnico, temos sido prejudicados por um problema tão trivial quanto inexplicável: a sucessiva série de contusões. Qual seria o mistério por trás da preparação física do Fluminense?

Seria tudo fruto de um mau planejamento, talvez da apertada sequência de jogos, do mau estado dos gramados, das constantes viagens ou um pouco de cada coisa? O fato é que tá difícil repetir a escalação do time titular por dois jogos seguidos, o que me leva a crer que um estudo mais aprofundado do problema se faça necessário. No mais, é ir com tudo pra cima do Cruzeiro hoje para fechar o turno com dois jogos em casa. E, torcer, é claro, para que não haja contra nós outro erro de arbitragem tão decisivo quanto o do jogo com o Atlético-MG.

Gustavo Reguffe

Panorama Tricolor/ FluNews

2 Comments

  1. Eis-nos novamente, e com merecida razao, discutindo a competencia do departamento medico aliada com a aptidao (ou falta dela), da direcao do clube regularizar o estadio para a utilizacao do campo do Manuel Schwartz e, ainda, discutir uma calendarizacao mais amigavel para o esforco fisico do jogador e financeiro do torcedor; nem que para isso se sacrifique certos aspectos dos campeonatos estaduais. O resto e` a teimosia do Abel em escalar, posicionar e substituir o time. Concluindo, num Brasileirao de nao muito boa qualidade – como a Selecao – ; o Fluminense tem imensas chances de Tetra. EU ACREDITO

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