A estreia (por Marcelo Vivone)

A tão aguardada estreia na Libertadores foi jogada numa quarta-feira de cinzas e o Fluminense saiu de campo com os 3 pontos conquistados. Iniciar com vitória a jornada no torneio foi, no fim das contas, o que mais importou.

O time fez um bom primeiro tempo, tendo dominado inteiramente o adversário, e teve oportunidade de terminar essa etapa com um placar mais dilatado do que o 1×0 que conquistou. Não o fez pelo fator gramado que era realmente horroroso.

Aí veio o 2º tempo, técnico e time esmeraram-se para brindar o torcedor com algum tipo de sofrimento, o que é uma constante em nossa vida de apaixonado pelo Fluminense há mais de um ano.

Se o jogo era fácil e o adversário de um nível infinitamente inferior ao nosso, simplesmente o time parou de jogar e demonstrou uma preguiça de dar inveja a qualquer baiano já a partir da volta do intervalo.

O time adversário, que volto a repetir era fraquíssimo, não sabia muito bem o que fazer para chegar ao nosso gol, mas devido à falta de interesse que viu no adversário, começou a perceber que podia arriscar alguns ataques e o fez do jeito que seu pouco futebol permitia.

E não é que a pressão no final do jogo realmente se concretizou? Parabéns ao time e ao técnico que conseguiram o que parecia impossível para quem assistiu ao primeiro tempo e teve um mínimo de percepção do nível do time da Venezuela.

Para dar um toque de refinamento no que foi preparado para o torcedor, o jogo foi finalizado com a estranha jogada entre Valência e Cavalieri. Para mim foi erro do Valência, que deixou o Cavalieri sem o que fazer. Independente do culpado, essa foi a cereja do bolo do 2º tempo.

Como afirmei no início da coluna, o que realmente importou foi o resultado final e a conquista dos 3 pontos, mas não é admissível que o Abel e o time tornem um jogo fácil como o de quarta-feira em algo complicado, por simples negligência na volta para o 2º tempo.

Não gostei das substituições feitas pelo nosso treinador para tentar retomar as rédeas da partida. Não me parece correto abrir mão do único armador do time para colocar mais um atacante e jogar com 3 cabeças de área e 3 atacantes.

Na parte individual gostei muito do Cavalieri e do Fred. Bruno, Jean e Nem fizeram um bom jogo, mas com menos brilho que os 2 primeiros. Wagner foi importante, mas ainda continua errando no passe final, o que é uma de suas principais atribuições.

Não gostei do Carlinhos e da zaga. Eusébio e Anderson conseguiram se mostrar descoordenados ainda no primeiro tempo, mesmo atuando contra um ataque limitado como o do Caracas e Carlinhos tomou várias bolas nas costas nesse mesmo período.

Para finalizar, gostaria de falar sobre o Thiago Neves. Depois de chegar com uma bolha no pé para o início da pré-temporada e, por conta disso, praticamente desperdiçar quase todo esse importante período do ano, nosso camisa 10 protagonizou um novo desagradável evento. Dessa vez, tomou remédio por conta própria que continha substância considerada dopante.

Minha opinião já no 1º caso é de que o clube deveria ter aplicado algum tipo punição ao TN, pois chegar das férias nessas condições é no mínimo falta de profissionalismo de um atleta. Agora, para essa nova ocorrência, que considero ainda mais grave que a primeira, acho que a diretoria deve dar uma punição que sirva de exemplo para ele e para os demais atletas.

Marcelo Vivone

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin

4 Comments

  1. Viva,

    Minha percepção em relação ao jogo foi bem parecida com a sua, desde o gramado ridículo à famigerada falta de interesse no segundo tempo, passando pela irresponsabilidade de Thiago Neves e a fragilidade do adversário. Só faltou mencionar o juiz, a cara do Mr. Bean, aliás, que sempre que podia dava uma favorecida ao time da casa.

    Abraço

  2. Rapaaaaiz… achei q só o Abel seria capaz de achar a nossa zaga “segura”. Vivone, eu e vc devemos estar desaprendendo o tal do futebol. Como vc, vi uma zaga insegura e cheia de “quinas”. E isso pq vc tem se recusado a falar do Edinho, hein!

    Haja coração… com um time bizonho como esse Caracas nós terminamos o jogo com o coração na boca… imagina qdo pegarmos um curintia da vida.

    Acordaê Abel!!!!

    André.

  3. Vivone, não tem jogo fácil, vide o Huachipato, ontem!

    Futebol é um esporte fascinante! Tenho outra percepção sobre a zaga no jogo. Achei que foi bem e segura. Não fomos incomodados exceto na pichotada do Valência!

    No mais concordo com tudo!

    1. Amigo Velho,

      O jogo de quarta não foi fácil exclusivamente por relaxamento do time.

      Grande abraço.

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