Fluminense 1 x 2 Flamengo (por Edgard FC)

Em dias de decisões pela Liga dos Campeões da Europa, também teria um Fla-Flu para fechar nossa noite brasileira. Lá, no continente que nos colonizou e povoou, o Borussia Dortmund (que será nosso adversário na DLC do Muncial de Clubes) bateu o bravo LOSC Lille em seus domínios, avançando às quartas, da mesma forma; o Real Madrid, eliminou nos pênaltis, com ajuda do VAR, o meu querido Atlético de Madrid, clube que jogava emocionado nas mesas de botão e nos FIFAs 1996, 1997. Saudades.

Após um mini dilúvio, com direito a enchentes e raios elétricos mortíferos, o Rio de Janeiro se preparou para receber a primeira mão da final do Cariocão, assim meio desanimado, escondido, quase com vergonha de existir, o certame que já foi o principal campeonato de clubes fora do continente que inventou e formatou o futebol como o conhecemos e tentamos praticar.

O Fluminense chegou à final da competição totalmente sem vontade, após classificação acidental, culposa na fase de liga e, nas semifinais, não teve dificuldades para superar a equipe de Volta Redonda, enquanto o Flamengo venceu seu maior freguês, o Vasco, nas duas partidas das meias-finais.

Desta vez, a equipe rubro-negra é muito favorita; mais equilibrada, com melhores resultados e com trabalho mais sólido, enquanto o Tricolor, uma vez mais, será a zebra sorrateira.

A turma da sauna ainda nem tinha se acomodado nas fileiras do estádio, ainda com um ou dois canapés, um na boca outro na mão, distraída com os copos descartáveis de fermentado de cereais alcoólicos na outra, quando teve de testemunhar o gol de Wesley aos cinco minutos, novo lateral da Seleção da CBF, comandada por Dorival, ex-treinador flamenguista, presente no Maracanã.

Com o revés no placar, bem no início, a equipe de Mano Menezes não pode fazer o que mais gosta, cozinhar o jogo a fim de vencer pelo cansaço, então subiu suas linhas de marcação e teve de competir, tendo bons b e quase empatando com Arias, que perdeu inacreditavelmente um gol muito feito, perfeito.

Na segunda etapa, Mano demorou a arrumar a equipe, forçou demais os mesmos conceitos, a dinâmica continuou aleatória, com vantagens ao Fla, que chegaria ao segundo gol, com a bola desviada em Ignácio, impedindo que Fábio pudesse se recuperar e chegar até a bola.

O alento veio do único cruzamento certo de Fuentes, encontrando Keno na entrada da pequena área que, de cocuruto, desviou e encobriu o goleiro Rossi, diminuindo o azar e injetando ânimo para o segundo jogo.

Riquelme que foi preterido nas partidas festivas anteriores, ressurgiu como opção, em um ritual macabro corriqueiro, em que os bons valores jovens têm seus minutos roubados para agradar a terceiros. Como o Fluminense perde tanto tempo com essa prática.

A decisão ficou aberta, temos com o quê competir, mas para isso, o esquema e os arranjos da direção e comissão técnica, precisam focar no rendimento esportivo.

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FLUMINENSE 1 x 2 FLAMENGO
Campeonato Carioca – Final (1º jogo)
Maracanã – Rio de Janeiro-RJ
Quarta-feira, 12/03/2025 – 21h30min (Brasília)
Renda: R$ 2.641.941,00
Público: 39.120 pessoas presentes
Arbitragem: Yuri Elino Ferreira da Cruz. Assistentes: Thiago Henrique Neto Correa Farinha e Gustavo Mota Correia. Quarto Árbitro: Rafael Martins de Sá.

Cartões Amarelos: Germán Cano 22’, Samuel Xavier 29’, Agustín Canobbio 66’, Guga 73’, Martinelli 81’, Nonato 81’, Keno 90’+3’ (FLUMINENSE); Nicolás de la Cruz 38’ (FLAMENGO)

Gols: Keno 87’ (FLUMINENSE); Wesley 5’, Juninho 75’ (FLAMENGO)

FLUMINENSE: 1-Fábio; 23-Guga (2-Samuel Xavier 77’), 3-Thiago Silva©, 4-Ignácio e 12-Gabriel Fuentes; 94-Otávio (28-Riquelme Felipe 70’), 8-Martinelli e 21-Jhon Arias; 90-Kevin Serna (35-Hércules 62’), 17-Agustín Canobbio (11-Keno 77’) e 14-Germán Cano (9-Everaldo 62’). Téc.: Mano Menezes. 4-3-3

FLAMENGO: 1-Agustín Rossi; 43-Wesley, 3-Leo Ortiz, 4-Leo Pereira e 28-Alex Sandro (2-Guillermo Varela 89’); 5-Erick Pulgar (29-Allan 89’), 18-Nicolás de la Cruz (52-Evertton Araújo 80’), 8-Gerson©, 7-Luiz Araújo e 10-Giorgian De Arrascaeta (20-Matheus Gonçalves 80’); 50-Gonzalo Plata (23-Juninho 66’). Téc. Filipe Luís. 4-2-3-1

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