Amigos, amigas, pudemos presenciar na noite desta quarta-feira, 05 de fevereiro, a melhor atuação do Fluminense na atual temporada. Nada de que possamos nos regozijar muito, haja vista as atuações melancólicas que havíamos protagonizado até aqui.
O jogo, aliás, começou indicando que nosso calvário teria mais um capítulo. Thiago Santos fez um passe de principiante, atravessando mal o jogo do meio para a lateral, propiciando a roubada de bola e o primeiro gol do Vasco nos primeiros movimentos da partida.
A partir dali, até o fim do jogo, o Fluminense de Mano de 2024 começou a aparecer. A melhor organização do Vasco não se fez notar por mais que dez ou quinze minutos. O Fluminense tomou de assalto a intermediária e condenou Fábio ao anonimato.
Mano não precisará se sair com a desculpa esfarrapada de que Arias e Riquelme não podem jogar juntos, porque ocupam a mesma posição. Arias é um jogador versátil, que desempenhou seu papel com excelência, atuando como terceiro homem de meio de campo à frente de Martinelli e Hércules.
A escalação fazia e fez sentido, com Riquelme atuando bem na ponta direita do 4-2-3-1, beneficiando o estilo de jogo de Canobbio, que teve boa atuação pelo lado esquerdo, mas o melhor de tudo foi termos visto, na segunda etapa, boas variações táticas, após a saída dos dois ponteiros e de Cano.
Nada capaz de encobrir o fato de que poderíamos ter imposto ao nosso rival uma goleada caso Mano não houvesse recuado o time para explorar contragolpes, que não vinham, ao longo da segunda etapa.
Apesar dessa não conformidade, que não é possível tirar do DNA do nosso treinador, fomos muito bem defensivamente após o erro inicial, ainda mais diante de um time de uma nota só, que busca ações pelo lado para cruzar na cabeça de seu atacante.
Belíssima atuação de Martinelli. Quando resolve jogar, é o ponto de equilíbrio do nosso meio de campo, fazendo nosso jogo fluir e nossas estruturas defensiva e ofensiva funcionarem. Com o apoio prestimoso de Hércules e boas partidas dos laterais, Guga fez uma das melhores com a camisa tricolor e Fuentes a melhor desde o início da temporada.
Não sei o que ainda pode acontecer no Flamengão 2025, mas, embora eu queira ganhar essa competição, não consigo ainda pensar em outra coisa que não seja ver o Fluminense pelo menos atuando no melhor nível sob o comando de Mano. Hoje, felizmente, nós vimos isso acontecer, o que é uma luz no fim do túnel.
Que bom que agora temos a Dissidência, absolutamente embalada, pela frente. É a hora de apresentarmos nossas armas de forma contundente. Depois, pensamos na vaga nas semifinais do Flamengão 2025.
O fato é que o jogo de hoje agradou e mostrou que as temos mais do que as más escolhas de outrora sugeriam.
Fico feliz com o gol de Cano. Diante da estabanada gestão financeira, tenho que reconhecer a utilidade da venda de Kauã Elias para tapar o rombo decorrente do péssimo planejamento financeiro do ano passado, que denunciei aqui desde a publicação do orçameto.
Torço muito para que Cano volte a ser aquele de 2023, mas a ideia de ter o argentino e Lelê como nossas opções no comando de ataque só me fazem acreditar que esse pessoal não aprendeu nada. É apostar em poder ter tudo, alguma coisa ou nada. Isso não é gestão. E não é na minha humilde opinião.
Mas é o que temos e sábado é uma boa ocasião para quem quer voltar à arena tricolor, o gigante (atualmente nem tanto) do Maracanã.
Todo Poder ao Pó-de-Arroz!
O juíz foi complacente com o Vasco. Veggeti entre outros mereciam um amarelo, quiçá um vermelho. Acho que o Ignácio tem que ser titular junto com o Thiago Silva.