Sobre um elenco trôpego (por Manoel Stone)

Começo da temporada 2025, montagem de elenco a meu ver quase tão trôpega quanto a do ano passado, algumas peças que já foram anunciadas aparentemente estão longe de ser o que é mais é necessário para formar um elenco equilibrado, que possa ter capacidade de substituir quem estiver jogando em todas as eventualidades inerentes ao jogo da bola.

Fica evidente que a má vontade com a base continua firme e forte, não dá pista de que vá parar. É só ver os jogadores que estão mantidos e renovaram contratos e os jogadores buscados no mercado, em muitos casos fica evidente que trazem jogadores medianos e que na real servem mesmo é para tirar as oportunidades dos moleques da base. E não adianta que os moleques estejam nas seleções brasileiras de base e que nos poucos minutos que entrem no campo com o time de cima desempenhem bem, pois nos jogos que seguem eles desaparecem. Na visão do jogador, vai se formando uma crença que não adianta jogar bem que a chance real não vem, isso é um desestímulo que é decisivo para a falta de motivação para muitos desses moleques.

Quero crer que alguma coisa diferente aconteça este ano, e não estou falando da loucura que seria a contratação de Rony, jogador caro, com carreira em descendência há dois anos, e cujo clube de origem quer se livrar dele, seja pelo futebol já em decadência, seja pelo altíssimo salário que paga ao mesmo. Rony é típico caso de quem quer vender carro velho com preço de carro novo, e que, guardadas as proporções, lembra o alto valor pago por Canobbio, ainda çom uma idade boa, mas não tem o futebol que realmente valha o tanto que estão pagando por ele, além do envolvimento de Isaac que é um moleque promissor, e que é um caso que exemplifica a baixa “minutagem” que teve no time principal, e já descartado. Espero que esse Canobbio mostre que tem muito mais futebol do que o que mostrou no time paranaense, pois os valores envolvidos não “assustaram”, está hoje dentro do elenco do Fluminense para 2025. Outro caso típico é a contratação de Renê, um daqueles jogadores entrados em anos e em franca decadência e quase colocado para fora pela torcida dos dois últimos clubes por onde passou, deixando sem possibilidades o aproveitamento tanto de Esquerdinha quanto de Rafael Monteiro.

Perguntam torcedores pelas redes: “Ah, esses dois têm bola para assumir a lateral esquerda?”. Só saberemos se forem utilizados; a continuar assim acontecerão mais duas daquelas vendas por meia mariola e uma paçoca mordida que é a praxe da direção do clube. De minha parte, posso dizer que vi muito de Renê nesses últimos tempos e em sã consciência não o traria para o elenco do Fluminense, mas eu nunca dei dois treinos e nem assinei o cheque, logo…

Estou escrevendo antes do jogo desta noite contra o Volta Redonda, então não posso dizer nada sobre a partida e o que aconteça nela. O que posso dizer é que no jogo passado muitos moleques mostraram que têm qualidades, e apesar de ainda não estarem totalmente prontos, muitos podem ser usados na temporada, bem como dos que estão disputando a Copinha há vários que mostraram qualidades e, com um pouco de trabalho do corpo técnico do clube, teriam muito a contribuir na temporada que se inicia, mas minhas esperanças de isso acontecer são diminutas, pois é filme já reprisado ano após ano,

Quando acabam as narrativas para desperdiçar os moleques, entrega-se assim por qualquer mixaria já disseminada pelas redes da gestão, e são muitos canais a trabalhar para a gestão e contra o Fluminense. Mas aí já é outra história…