Editorial – As faces de uma gestão grotesca

Dias depois de escapar do rebaixamento pela sexta vez em 11 anos (e tendo na diretoria o atual presidente do clube em quatro delas: 2013, 2015, 2019 e 2024), o Fluminense deveria traçar novos rumos para a temporada 2025. Só que não.

A simples insinuação das possíveis contratações para o próximo ano soa como verdeiro escárnio. Basta dizer os nomes de Igor Rabello e Renato Kayzer.

A serem confirmados tais elementos, fica ainda mais claro que o modelo tricolor não tem compromisso com a excelência esportiva, mas sim com a rota de ida e vinda de jogadores medíocres, girando a roda das negociatas que fazem muita gente lucrar, exceto o próprio clube.

Tudo devidamente alinhado com a pauta do dia: os prints de um diálogo antigo entre o presidente e um torcedor, marcados por grosseria, baixaria, deboche e muita arrogância por parte do presidente. Mas, pensando bem, de onde menos se espera é que não vem nada. E o próprio presidente sempre demonstrou não ser uma pessoa à altura do cargo que exerce, a não ser para beócios como o “famoso” Capitão Sutiã do grupo de sócios do WhatsApp. Portanto, não há surpresa neste novo episódio.

Mais incrível ainda é a manutenção do volante Gabriel Pires, o mesmo que não joga mais de 40% dos jogos de seus times há dez anos. Especula-se que o jogador simplesmente não quer rescindir o contrato porque o salário é ótimo, e que o clube não rescinde por falta de dinheiro… Então, que tal jogar mais um ou dois milhões de salários no lixo?

Enquanto isso, o modelo secreto de SAF que despreza sócios e torcedores segue a todo vapor.

Ainda sobre o episódio do print, duas frases do dirigente mor, ou equivalentes, chamam atenção:

“Minha gestão fala por si só.”

“Na minha gestão você viu coisas que nunca tinha visto na vida.”

Ninguém tem dúvidas disso. O caso Live Sorte é um exemplo. A contratação de trocentos veteranos é outro.

É nítido que essa gestão ultrapassou todas as barreiras da razoabilidade.

É preciso agir antes que seja tarde.

Depois que os quase 123 anos do Fluminense forem jogados no lixo pela ambição desmedida de um lunático, não adiantará chorar, nem protestar, fazer lives ou publicar artigos.

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