Há um ano a gente acordou vivendo a maior expectativa de nossas vidas.
Hoje a gente acorda sem saber se seguiremos na Primeira Divisão, com o Flamengo quase campeão da Copa do Brasil e o Botafogo a 20 dias de celebrar sua primeira Libertadores.
Marcelo, um dos símbolos daquela conquista, teve o contrato rescindido há 48 horas.
Diniz, outro símbolo, vai disputar mais um título sul-americano, agora pelo Cruzeiro. Ele nos deixou com uma campanha de uma vitória, três empates e sete derrotas no Brasileiro. Será um dos responsáveis pelo rebaixamento, caso se confirme.
Cano, que anotou 84 gols em 2022 e 2023, fez apenas cinco neste ano.
John Kennedy, que marcou quatro gols nas fases de mata-mata da Libertadores, fez três em toda a temporada 2024, tendo jogado pouquíssimas partidas e ficado afastado por indisciplina.
Arias, outro dos gigantes da conquista da Libertadores, deixará o clube em 2025. Fará seus últimos cinco jogos pelo Fluminense.
Nino foi embora antes de a temporada começar.
André foi embora no meio da temporada.
A SAF, ao longo deste ano, provou sua força. Botafogo nos venceu pela sexta vez consecutiva em 2024 e joga hoje o melhor futebol da América do Sul.
Os dois maiores jogadores do país são Gerson e Luiz Henrique, ambos formados no Fluminense. Luiz Henrique foi um dos protagonistas do grupo que se formava em 2022 e conquistaria a Libertadores no ano seguinte. A última derrota para o Botafogo foi por 1 a 0, gol de Luiz Henrique. A Libertadores que não o deixaram vencer há um ano será dele agora.
Não temos SAF nem perspectiva de SAF. Somos comandados por um cartola à moda antiga, que jamais abrirá mão de poder mesmo que uma SAF seja hoje a única saída para o clube.
No Brasileiro, somamos um ponto em 18 possíveis contra Atlético-GO, Juventude e Vitória.
Fomos eliminados da Copa do Brasil pelo Juventude, a quem enfrentamos quatro vezes no ano e não ganhamos nenhuma.
Em menos de uma semana entraremos em campo como azarões contra o Fortaleza no Maracanã. Se não vencermos, o rebaixamento nos aguarda. Se vencermos, teremos de repetir o resultado contra Criciúma, adversário direto, e Cuiabá. São os jogos que faremos em casa. Fora de casa já entramos em campo certos da derrota.
Assim celebramos um ano de conquista da Libertadores. E temos de celebrar, apesar do presente. Porque viveremos por algum tempo desse passado.
Mas somos o Fluminense. E por mais desalentador que seja o presente, o futuro chegará com novas conquistas.
Feliz 04 de novembro!