Fluminense 1 x 0 Athletico (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o Fluminense fez o dever de casa. Ainda que houvesse sido pouco ameaçado por um Athletico visivelmente nervoso e extremamente defensivo, atuando quase que todo o tempo com linhas baixas, o que dificultou deveras nossas ações ofensivas.
Diante da postura paranaense – é importante lembrar que foi o 11º jogo sem vitória do Athlético, sendo oito derrotas e apenas três pontos – o Fluminense se meteu em um jogo de xadrez.

A quem possa dizer que o time jogou mal, não foi essa a minha percepção. Entendo que o Fluminense jogou da forma como o jogo se impunha, com paciência, trocas de passes e movimentação constante dos meias, procurando encontrar espaços para penetrar na infestação de paranaenses à frente de sua meta.

Acabamos obtendo a vitória, já com o relógio avançado na segunda etapa, com um gol de queixo de Germán Cano, que me fez lembrar daquele gol decisivo contra o Botafogo, na semifinal do Flamengão 2022, com as partes íntimas, nos levando à final, que nos daria o título depois de 10 anos de jejum, diante da Dissidência.

Tomara que o Germán Cano que já faz parte da história do Fluminense volte e nos conceda mais um pouco da alegria que é vê-lo mandando a bola para as redes.

Foi uma vitória importante, que nos alçou à 11ª posição, o que é um alento, mas não a solução definitiva. Temos a missão, nos dois próximos jogos, contra Vitória e Grêmio, de nos afastarmos ainda mais dessa briga contra o rebaixamento, o que nos colocará em ótima posição com relação a uma vaga na Sul-Americana.

Depois disso, faltarão seis jogos. Nos três subsequentes, caso obtenhamos os resultados desejados, poderemos pensar em nos aproximarmos de uma nova condição, que é a de especular uma vaga na pré-Libertadores, mas é melhor irmos por partes, porque não tem almoço grátis nesse Brasileiro. Por ora, a briga é contra o rebaixamento, na qual estamos nos saindo bem, mas não se pode perder o foco.

O que se espera de Mano Menezes é coerência até o final, não importa pelo que estejamos brigando num ponto futuro. Ainda que não tenha gostado de determinados movimentos na segunda etapa, que comprometeram a força ofensiva do nosso meio de campo, com queda de produção em um determinado momento do jogo, o conjunto da obra acabou sendo satisfatório.

Contra o Vitória, sábado, mais uma decisão. Uma decisão que pode até esconder caminhos interessantes, mas falo disso mais à frente. Por ora, é mandar para o espaço essa briga indigna contra o rebaixamento, que anda bastante povoada por players antes insuspeitos.

Vitória difícil, mas merecida.

Saudações Tricolores

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