O Maracanã escaldante lota para ver o Fluminense tentar sair da zona de rebaixamento, que assola a vida de todo tricolor, sobretudo aqueles que viveram a segunda metade da década de 1990.
No radinho Edson Mauro, enquanto levava um torcedor atrasado até o setor F, que costuma ser o da entrada visitante, mas desta vez tomado também por fluminenses, mesmo de fora do RJ.
Uma pena o impedimento que ceifou mais um gol do nosso moleque Kauã Elias, que para muitos, deveria maturar por clubes de divisões inferiores, antes de ser aproveitado ou vendido para apagar incêndios provocados pelos bombeiros gestores.
O Bahia teve também sua chance, com Everton Ribeiro. Pelo que ouvi, fora uma chance e tanto, mas que bom que Fábio conseguiu defender duplamente.
Já em casa, aboletado, com almoço em mãos, acompanhado de um frisante e saboroso citrus, pude ver lances de lá e de cá, mas nada extraordinário, até que Martinelli retomou uma bola, arrancou com ela, inverteu o lance, mas Serna recuou a bola até Marcos Felipe.
Arias e Ganso conversaram e criaram, enfim, aos quarenta e cinco minutos, o quarto gol do menino Kauã com a camisa tricolor, em sete jogos. O rapazola subiu absoluto de cabeça e mandou no ângulo, sem chances para o goleirão Marcos, abrindo em um a zero o marcador para o Fluzudo.
Nos dez primeiros minutos da etapa derradeira, o jogo teve uma dinâmica espetacular. Primeiro Marcos Felipe salvou, com o rosto, o que seria o dois a zero, vindo dos pés de Arias. No lance seguinte, o Bahia criou três chances seguidas: primeiro Everton Ribeiro finalizou de fora, mas Matheus Martinelli desviou o que seria o empate. Na sequência uma cabeceio na pequena área, para fora e, completando, Biel que, acabou por desperdiçar. Tudo em menos de um minuto.
Ainda no minuto dez, Kauã Elias daria uma assistência para Arias, mas o nosso amado colombiano escorregou no lance.Ficamos sem saber se ele finalizaria ou tentou cruzar a bola rasteira para o Kenin Serna, seu conterrâneo.
As equipes usaram e abusaram das substituições, tudo dentro da regra, é claro. A partida oscilou negativamente, entrou em um banho-maria preguiçoso, no que eu só pensava no término da partida, para então poder partir ao Dulcina para assistir a um amigo querido em cena.
Marcos Felipe quase nos presenteou com a chance de ampliar, mas não deu para Arias dominar – apenas desviar de cabeça a bola, que voltou ao domínio do Tricolor de Aço, agora sucursal do Manchester City.
A tensão seguiu firme e forte, feito uma gelatina, daquelas de pozinho que misturamos a águas quente e fria, na mesma proporção de cada. E assim terminou o jogo, com notas de drama, cheiro de decisão mas uma pelada na realidade dos fatos.
Que bom termos vencido, pois este era o único objetivo. Ainda estamos submergidos no rebaixamento, precisamos continuar nossa campanha de recuperação.
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FLUMINENSE 1 x 0 BAHIA
Campeonato Brasileiro – 22ª Rodada
Maracanã – Rio de Janeiro/RJ
Domingo, 04/08/2024 – 16:00h (Brasília)
Renda: não publicado até o fim desta coluna
Público: não publicado até o fim desta coluna
Arbitragem: David de Oliveira Lacerda (ES). Assistentes: Leone Carvalho Rocha (GO) e Douglas Pagung (ES). Quarto Árbitro: Márcio dos Santos Oliveira. VAR: Caio Max (RN)
Cartões Amarelos: Diogo Barbosa 24’, Thiago Santos 35’, Thiago Silva 61’ (FLUMINENSE); Carlos de Pena 83’, Cauly 90’+1’ (BAHIA)
Gols: Kauã Elias 45’ (FLUMINENSE)
FLUMINENSE: 1-Fábio; 2-Samuel Xavier, 3-Thiago Silvaⓒ, 29-Thiago Santos (25-Antônio Carlos 46’) e 6-Diogo Barbosa; 7-André, 8-Martinelli (5-Alexsander 70’) e 10-Ganso (9-John Kennedy 82’); 90-Kevin Serna (45-Lima 75’), 21-Jhon Arias e 19-Kauã Elias (11-Keno 70’). Téc.: Mano Menezes. 4-3-3
BAHIA: 22-Marcos Felipe; 2-Gilberto (13-Santiago Arias 38’), 3-Gabriel Xavier, 4-Kanu e 25-Iago; 6-Jean Lucas, 19-Caio Alexandre (21-Rafael Ratão 75’) e 10-Everton Ribeiroⓒ; 11-Biel (14-Carlos de Pena 75’), 17-Luciano Rodríguez (8-Cauly 62’) e 9-Everaldo (16-Thaciano 62’). Téc.: Rogério Ceni. 4-3-3