Na terra conhecida por suas lingüiças suculentas e esplendorosas, lá foi o Tricolor, de verde e rosa, buscar sua terceira vitória seguida a fim de fugir da Zona de Rebaixamento e deixar sua briosa torcida aliviada, tinindo para votar às escuras na AGE desta segunda-feira à tarde nas Laranjeiras. Tudo para manter o impoluto, obtuso e obscuro gestor no poder, conferindo a ele e sua trupe, mais e mais cartas brancas, cartas estas que transformam o Fluminense em, não mais que um simplório feudo das eras medievais.
Embutidos de energia do famoso energético suíço, os moleques de Bragança, querem vencer os comandados por Mano Menezes, dentro de seus domínios e, com isto, interromper a mini-sequência não negativa da equipe das Laranjeiras.
O Fluminense se impôs nesta primeira etapa e foi superior em vários dados. Mesmo dividindo, ao meio, a posse de bola, chegou com mais perigo, obrigando o bom Lucão a defesa ímpar de Serna, mas não conseguindo segurar o ímpeto de Kauã Elias, mais um proeminente formado em Xerém, mas que gestões em sucessão, tratam como meras mercadorias a fim de financiar seu modo de vida luxuoso, em mansões, jatinhos, lanchas e sapatos italianos.
Em movimentos técnicos de exuberância, primeiro Ganso, depois Kauã, o camisa dez ficou com uma sobra de bola após dividida de Diogo na lateral, fez um cruzamento na boca do gol, Elias pateou para o fundo do barbante, abrindo o escore da partida.
Vindo ao campo de jogo com duas mexidas, o Bragantino passou a comandar as ações, em quinze minutos ficou isolado com a bola e criou seis chances, uma delas na trave direita do goleiro Fábio, que nada pode fazer na jogada. O Fluminense viveu de especular o jogo e tentar sair em contra-ataque, que só veio aos vinte e quatro, mas não aproveitado.
Após essa única e isolada oportunidade, Diniz, ooops, Menezes mexeu, tirou Ganso e Martinelli para as entradas de Lima e Nonato, na esperança de que esses, mais frescos, pudessem marcar mais e melhor o treino de ataque que o Red Bull fazia desde o início da segunda etapa.
Terminado o tempo regular, a defesa tricolor conseguiu segurar o ataque aleatório do Massa Bruta, que não conseguia penetrar como se deve, apenas fazendo movimentos circulares visando chegar ao clímax, com mais jeito do que força. Fábio segurou as que evadiram a linha final.
Vencendo a terceira partida seguida, pelo mesmo um a zero, tradicional na carreira no ‘menezismo’, o Tricolor, enfim, voltou a respirar por si, sem precisar de aparelhos artificiais. Mano não é brilhante, mas trouxe o que a equipe precisava para este momento, mesmo fazendo uma ou outra concessão ao vestiário, como a entrada do Renato Augusto na partida de hoje, para assistir à partida da melhor área VIP possível: dentro do campo de jogo.
Por fim, só um comentário simples: se Renato Augusto pode entrar em campo, qualquer jogador formado em Xerém também pode. Por que gastar cerca de R$1 milhão em um jogador que, o máximo que poderá ofertar ao clube é trotar no gramado uns dez, quinze minutos?
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RB BRAGANTINO 0 x 1 FLUMINENSE
Campeonato Brasileiro – 20ª Rodada
Nabib Abid Chedid – Bragança Paulista-SP
Domingo, 28/07/2024 – 11:00h (Brasília)
Renda: R$ 324.315,00
Público: 7.304 pessoas presentes
Arbitragem: Lucas Paulo Torezin (PR); Assistentes: Fernanda Nândrea Gomes Antunes (FIFA-MG) e Rafael Trombeta (PR). Quarto Árbitro: Fábio Augusto Santos Sá Junior (SE). VAR: Daniel Nobre Bins (VAR-FIFA – RS)
Cartões Amarelos: Luan Cândido 85’ (BRAGANTINO); Diogo Barbosa 45’+1’, Nonato 90’+7’ (FLUMINENSE)
Gols: Kauã Elias 43’ (FLUMINENSE)
RB BRAGANTINO: 40-Lucão; 45-Nathan Mendes, 39-Douglas Mendes, 4-Lucas Cunha e 36-Luan Cândido; 23-Raul (54-Vinicinho 77’), 8-Lucas Evangelista (7-Erick Ramires 46’) e 10-Lincoln (59-Juliano Viana 66’); 11-Helinho, 28-Vitinho (30-Henry Mosquera 46’) e 18-Thiago Borbas (6-Jhon Jhon 57’). Téc.: Pedro Caixinha. 4-3-3
FLUMINENSE: 1-Fábio; 2-Samuel Xavier, 3-Thiago Silva©, 25-Antônio Carlos e 6-Diogo Barbosa; 7-André (13-Felipe Andrade 92’), 8-Martinelli (16-Nonato 70’) e 10-Ganso (45-Lima 70’); 21-Jhon Arias (20-Renato Augusto 92’), 90-Kevin Serna (77-Marquinhos 59’) e 19-Kauã Elias. Téc.: Mano Menezes. 4-3-3