Ainda é cedo para qualquer avaliação substanciada – não esperem nestas linhas o comportamento de youtubers de aluguel.

Longe, muito longe de ser brilhante, o Fluminense ao menos parece ter resgatado características essenciais de um grande clube, que explicam a reação da equipe na tabela do Brasileirão.

Uma delas, visível nesses três jogos da era Mano Menezes: a garra, a atitude. Mesmo quando erra, o Fluminense briga e disputa. Está muito longe da equipe apática e indiferente de rodadas atrás.

Mesmo pressionado pelo momento, o Fluminense colocou os nervos no lugar. O permanente ambiente de tensão em campo foi atenuado pelo estilo de Mano, que não joga para os holofotes. Você pode até não gostar de seu estilo de jogo, mas ele é sério. Seus times jogam sério. Sinais de comprometimento são claros por exemplo na entrada de Marcelo, que se recusava a jogar no meio e ontem jogou sem qualquer problema. A torcida, antes ridicularizada e até estupidamente ofendida pela comissão técnica anterior, voltou a ser peça fundamental.

Ainda é preciso fazer mais, mas o simples aproveitamento de jovens como Cauã Elias deu um fullgás ao Flu. O ímpeto da mocidade pôs abaixo o jogo arrastado dos veteranos.

É claro que a entrada de Thiago Silva melhorou a defesa, mas o grande lance foi o fim da loucura de cruzar bolas na própria pequena área para “jogar bonito”, o que só servia para deixar a torcida desesperada.

Enfim, o caminho ainda é árduo mas a grande diferença é que o Fluminense passou a enxergar luz no fim do túnel. Ninguém precisa ser ingrato com Fernando Diniz e não reconhecer suas conquistas eternas, mas também não precisa desprezar o péssimo 2024, que só agora dá sinais de ter ficado para trás. Ainda muito longe da excelência, o Flu optou pela sobriedade para escapar do rebaixamento – e as primeiras radiografias trazem boas notícias. Nossa própria torcida deu um grande recado nesta quarta.

PS: que jogada de Serna, que gol de Árias!