NUNCA FOMOS TÃO TRICOLORES – DOWNLOAD GRATUITO.

Amigos, amigas, assisti, ao longo da semana, às entrevistas coletivas de Mário e Fernando Diniz. Um pouco de experiência de vida já seria suficiente para interpretar as cartas do baralho, mas eu já tenho muita.

Não vai nisso nenhuma vaidade, mas uma simples constatação de quem nunca se omitiu ou se permitiu ser passivo diante dos fatos e influências da vida, das coisas e dos fatos.

Concluí, sem maiores dificuldades, que saiu do Fluminense o cara errado. Ao mesmo tempo, porém, tenho consciência de que saiu aquele que poderia sair, ficando o que tem a caneta, o poder e os recursos para fazer prevalecer a sua narrativa.

Poder que foi delegado, em duas ocasiões, pelos sócios e torcedores do Fluminense. E assim é a democracia, o único regime político capaz de nos fazer pagar pelas nossas próprias escolhas, essas últimas conscientes até o ponto em que nos é permitido ter consciência.

Expandir a consciência, embora obrigação de todos, é um privilégio de poucos. No mais das vezes, somos persuadidos pelo canto da sereia, sem sequer saber o que é uma sereia, quanto mais o canto.

O que mudou no Fluminense na noite de hoje, na partida contra o Vitória? Uma torcida acreditando ser capaz de cumprir com uma obrigação que não lhe cabe? A presença de Terans entre os titulares?

O que mais se viu foi um time com crise de identidade, mas nem isso é uma mudança relevante, pois era algo que já nos vinha acontecendo. Até andamos inspirando expectativas nos 15 minutos finais da primeira etapa e nos outros 15 minutos iniciais da segunda, mas nem isso chega a ser novidade.

É devastador observar a nossa vocação autodestrutiva. Marcão fez boa substituição no intervalo, colocando Alexsander no lugar de Gabriel Pires, dando mais volume ofensivo ao meio de campo.

Passado o bom momento, porém, Marcão fez o que Diniz vinha fazendo. De uma só vez, tirou Martinelli e Ganso, acabando com nosso meio de campo, colocando JK e Renato Augusto. Alguma novidade?

Qual a novidade em JK não jogar nada e Renato Augusto menos ainda? Mas vieram Douglas Costa e Diogo Barbosa, como forma de se tentar nos convencer de que não há esperança.

Trocamos Diniz. Uma mudança vital para mantermos tudo do jeito que está, na lanterna do Brasileiro, cada vez mais na lanterna, numa relação de paixão incontrolável com o rebaixamento, que, ao cabo de tudo, parece ser a tara dessa gestão autofágica, e ai de quem não concorde!

Uma gestão que nos leva para um abismo profundo, contando histórias da Carochinha, encantando mentes despreparadas e preparando a sepultura do Fluminense Football Club.

Se são esses os nossos recursos, é melhor já irmos nos preparando para o pior, sem ressentimentos. Afinal, são os que nos restaram depois de tantas agressões ao bom senso, à lógica e à inteligência das pessoas.

Vou parando por aqui. Que cada um entenda o que quiser entender. Afinal, a cartilha do mundo atual diz que as pessoas podem e devem acreditar no que querem, não no que lhes mostra os fatos.

Cada um monta seu mundo imaginário e vamos que vamos, mas é bom começarmos a observar que para onde vamos pode não ter volta.

Saudações Tricolores!