Acabamos de jogar nossa oitava rodada do Campeonato Brasileiro, onde fomos massacrados pelo time do Botafogo. Fomos salvos de uma goleada humilhante por uma atuação muito boa do nosso goleiro Fábio, pela falta de capricho dos atacantes botafoguenses e, mais uma vez, não fomos capazes de acertar sequer uma bola em direção ao gol do adversário. Vários amigos aqui do PANORAMA destrincharam todos os detalhes do jogo, então vou focar aqui apenas em um diagnóstico do que está acontecendo de errado e precisa ser corrigido.
Creio que à esta altura já haja uma quase unanimidade de que está tudo muito errado no Fluminense. Há meses não temos uma boa atuação, estamos rondando a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e iniciaremos a fase do mata-mata da Copa Libertadores daqui a dois meses. Ainda há tempo para corrigir os erros, mas eles precisam ser corrigidos agora.
Nosso técnico, que teve o seu contrato recentemente renovado até o final do ano de 2025, precisa rever completamente a maneira do time jogar e os jogadores que escala. Se entender não ser capaz de fazer as mudanças necessárias, seja pela razão que for, precisa ter a humildade de pedir as contas e propor um acordo eximindo o clube de multas rescisórias.
Não é mais possível jogar com seis ou sete jogadores veteranos em campo simultaneamente. Tem ficado claro em todas as partidas que nossos adversários têm tido superioridade física e jogando com muito mais intensidade que nós. O futebol hoje é um esporte muito físico e os melhores times do mundo jogam com a grande maioria dos jogadores na faixa dos 25 anos de idade. Não dá mais para continuar remando contra a maré tão próximos que estamos do precipício.
Não é mais possível considerar que Fábio, Marcelo e Ganso não sejam os únicos veteranos que permaneçam como titulares, pois têm sido os únicos que têm demonstrado ainda capacidades físicas e técnicas aceitáveis. O restante do time precisa ser de jogadores jovens.
Outro problema é o esquema 4-3-3. Marcelo e Ganso não têm capacidade defensiva, então demandam demais por cobertura e apenas dois jogadores de marcação no meio campo não têm sido suficientes e muitas vezes um dos zagueiros precisa fazer a cobertura, expondo nosso setor defensivo. Um esquema com quatro jogadores no meio campo permitiria uma maior proteção.
A forma de sair com a bola precisa ser revista. Precisamos recondicionar nossos jogadores a jogarem para frente e não terem medo de dar chutões. Quando nosso adversário estiver dificultando muito nossa saída, precisamos usar a saída longa, com o Fábio dando o famoso tiro de meta e possibilitando buscarmos o rebote da defesa adversária. Não podemos ter apenas uma forma de jogar, pois somos totalmente previsíveis.
Precisaremos acompanhar e ver se o técnico vai ter a coragem e a independência para fazer as mudanças necessárias.
Ou Diniz muda ou muda o Diniz.