Amigos, amigas, Botafogo 1 a 0 Fluminense. Jogo previsível, derrota previsível de um Fluminense negacionista, que parou no tempo.
Diniz vem se apegando a um erro crasso de gestão, que é acreditar que o que deu certo no passado assim será no presente.
Todas as suas mudanças no time, sejam impostas ou espontâneas, convergem para o mesmo lugar.
Contra um adversário que vem voando nesse momento da temporada, em que há dinamismo nas decisões, o Fluminense só não foi presa mais fácil porque a bola insistiu em não entrar.
Com quinze minutos de jogo, o Botafogo já criara várias oportunidades, usando nossa desengonçada marcação alta para meter bolas nas costas de Marcelo.
Marcelo, que, para nosso espanto, voltou a ser nossa maior arma de criação e ofensiva, enquanto Ganso esteve ausente enquanto presente em campo.
Algo que podemos dizer de Germán Cano, que só foi notado evitando um gol adversário na nossa pequena área.
Se Diniz acha que não há nada de errado nisso, quem somos nós para discordar? Afinal, somos os atuais campeões da Libertadores e da Recopa. Então, qualquer desvario se justifica, com apoio, inclusive, de grande parte da nossa torcida.
JK teve atuação melancólica, e isso não tem relação com a conjuntura do jogo. Nunca foi tão fácil desarmar um jogador nosso em quase todas as ocasiões.
Se Marcelo é uma força ofensiva, que jogue no meio, não na lateral, onde é uma ausência contumaz. Que Diniz busque soluções que não convirjam para o mesmo lugar, porque esse lugar não é bom.
Não é possível que um técnico com tamanha capacidade não consiga enxergar as obviedades que todos enxergam. Seria isso uma forma de soberba? Será que renovou o contrato com o propósito de enterrar nossas esperanças?
Porque o que vemos hoje são escalações que as matam antes da bola rolar. Longe aqui de menosprezar o Botafogo, que é uma equipe que eu admiro e gosto de ver, mas é inaceitável assistirmos a uma partida de futebol em que enxergamos a derrota desde o primeiro minuto.
A verdade, é bom que todos enxerguem, é que o Botafogo de hoje é muito superior ao grande campeão da Libertadores. Aliás, a quem o Fluminense é superior com seu time envelhecido e convencido de que é por aí mesmo que temos que ir?
Massacre físico e tático do Botafogo, como foi contra o São Paulo e, pasmem, contra o Corinthians. O que mais essa gente está esperando para sair do transe?
Está dando desgosto de ver o Fluminense jogar.
Desgosto, e isso não é uma efeméride, um acidente, é um processo, produto de uma política que se eu chamar de equivocada corro o risco de fazer papel de tolo ou de ser diagnosticado como alguém que tem tara por eufemismos.
A coisa está feia. Feia demais da conta, de dar medo, com esse time que muitas vezes lembra um time de pelada, sem repertório, sem organização tática, sem plano de jogo e sem lógica.
Que vão para o inferno com essas desculpas esfarrapadas, ou que vamos todos juntos.
Saudações Tricolores!
Parabéns, Savioli.
Impecável!
Sintetizou de forma absolutamente correta nosso momento, inclusive emanando do seu texto o tom de incredulidade/raiva que todos sentimos.
Mas eu questiono: será realmente Diniz capaz de alterar o panorama? Dado o histórico dele, tenho muitas dúvidas.
Além da subida do Marcelo para o meio no lugar do Ganso, creio que quem deva ocupar a lateral esquerda seja o Alexander, já que o Diogo Barbosa é muito fraco. Com essa zaga fraca e laterais idem talvez fosse melhor se pensar em usar um líbero e alas no lugar de laterais.
Comentários soltos:
– Fábio está indo bem demais e surpreende
– Cano deve ser poupado para o segundo tempo ou o time tem que mudar para ele receber bolas
– O Samuel voltou, mas o seu futebol ainda não
– Isaac merecia começar um jogo ou ter mais minutagem
– Quando o Fábio se machucar estamos ferrados porque o reserva do Diniz é o Felipe Alves