Amigos, amigas, o placar me fez lembrar do lendário segundo jogo da semifinal da Copa Sul-Americana de 2009. Na ocasião, em jogo dramático, o Fluminense venceu por 2 a 1, quando precisava de um empate para assegurar sua vaga na decisão contra a LDU.
Apesar de ter dado um passeio no Cerro em Assunção, mas vencido por diferença mínima, foram os paraguaios que abriram a contagem, diante de um Maracanã vibrante, movido pela campanha do Time de Guerreiros, aquele que desafiou a matemática e abriu a porteira para a conquista do tricampeonato brasileiro em 2010.
Os gols da virada tricolor só vieram no final, com participação marcante de Gum, o símbolo maior da grife ostentada por aquele time, posteriormente bicampeão brasileiro, formando, com Leandro Euzébio, nas duas ocasiões (2010 e 2012), a zaga menos vazada da competição.
O jogo da noite de hoje não veio cercado da mesma dramaticidade, tampouco se via a mesma empolgação de outrora. Afinal, o Fluminense atual, apesar de atual campeão da Libertadores e da Recopa Sul-Americana, anda longe de empolgar alguém. Ao contrário, passaremos, por conta da paralisação, algumas semanas na zona de rebaixamento do Brasileiro.
O que estava em questão hoje, porém, era a classificação antecipada do Fluminense na fase de grupos da Libertadores. Objetivo que poderia ser alcançado com um empate, mas, diante das más atuações recentes, sob desconfiança da torcida, que chegou ao Maracanã menos festiva do que de costume.
O começo do jogo mostrou um Fluminense impositivo e um Cerro recuado, apostando em levar um ponto para casa e se consolidar na segunda posição no grupo, de modo a poder, em Assunção, jogar por um empate contra o Colo-Colo para poder, também, passar às oitavas da competição.
Com oito minutos de jogo, o Fluminense já criara duas grandes oportunidades, ambas com Cano finalizando. A segunda foi para o barbante, mas o árbitro, corretamente, marcou impedimento de Arias no lance. Ao contrário do gol de empate do Cerro, em que Alexsander sofreu puxão do atacante paraguaio na origem da jogada.
Antes, Marcelo fizera jogada de craque, marcando um golaço, depois de aproveitar sobra de um cruzamento da direita. Marcelo, aliás, esteve, hoje, muito mais para anjo do que para demônio. Fez grandes jogadas, desfilou seu repertório, mas não tem como não perceber a avenida que deixa pelo lado esquerdo da defesa tricolor.
O Cerro também teve seu gol anulado, que seria o da virada, tão corretamente quanto o do Fluminense, ainda na primeira etapa. Gol marcado num momento em que o Fluminense andava perdido em seu sistema defensivo, sofrendo estocadas perigosas do adversário.
O Flu voltou para o segundo tempo resolvido a ganhar a partida, mesmo que o empate garantisse nossa classificação para o mata-mata com uma rodada de antecipação. Afinal, podemos, ainda, chegar aos 14 pontos nessa fase, com possibilidade de até termos a melhor campanha, o que nos garantirá, até a semifinal, decidir os duelos em casa.
A ansiedade da arquibancada passava, todavia para o campo. Pressionado em seu modo de conduzir o jogo e construir jogadas, o Fluminense tinha dificuldades para construí-las. Até que Guga, que teve uma atuação elogiável, com muita entrega, conseguiu um cruzamento, que parecia despretensioso, na cabeça de Ganso.
O segundo gol do Fluminense me faz pensar que Ganso deveria comparecer mais àquela zona do campo para finalizar. Faz isso de forma magistral com a cabeça e com os pés. Seria um dos artilheiros do Fluminense se o fizesse. Foi ali que salvou o Fluminense de uma eliminação na partida decisiva da semifinal do Estadual de 2022, contra o Botafogo, quando escorou o cruzamento e mandou a bola no travessão, antes de, no último minuto, encontrar a barriga de Cano e morrer no barbante, abrindo caminho para o título em cima da Dissidência.
O balanço é esse. Não tivemos uma grande atuação, tampouco repetimos as piores, mas continuamos precisando melhorar muito. Temos elenco para ir muito longe nessa temporada, mas precisamos ter políticas e escalações que nutram esse sentimento de potência e esperança.
Saudações Tricolores!
Não gosto nem do Guga e nem do Diogo Barbosa. São fracos. Antônio Carlos é uma temeridade. É lento e tentando emular aquele girada com a bola que jogadores como André, Nino e Árias fazem, a possibilidade de perder a bola é grande. Não entendo porque o Keno não tenta chegar a linha de fundo, já fazendo a cobrança na entrada da área. Será orientação do Diniz? O Árias parece que está sendo contaminado pelo time e virando mais um burocrata.