Deixei para escrever esse artigo aqui no PANORAMA poucas horas antes do início da partida do Fluminense contra o Bragantino, nesse sábado no Maracanã.

Temos a certeza, pelo nosso histórico, que normalmente essas definições de escalação acontecem nos momentos anteriores às partidas, mas em função dos problemas acontecidos, não só com Thiago Santos, um jogador bastante limitado e improvisado insistentemente na zaga, o problema com Manuel e a cirurgia do Marlon, não há mais qualquer razão lógica para não testar na zaga o jovem Felipe Andrade, que veio da bases de Xerém e que, com umas quatro partidas no time principal, não deverá sair mais do time.

Quem assistiu o último jogo contra o Colo Colo, viu que Felipe teve, nos poucos minutos que entrou na zaga, uma performance exemplar. Inclusive numa jogada em que o atacante estava bem à frente e ele, com experiência de um zagueiro de origem, conseguiu deslocar com o corpo o jogador, evitando o gol que seria de empate.

Felipe Andrade é um jogador já com 20 anos e de 1,82m de altura, portanto, mais alto do que muitos jogadores da zaga e sabe sair jogando, pois já jogou como cabeça de área e tem que ter essa chance.

Não dar essa oportunidade nessa partida a Felipe Andrade vai caracterizar um potencial Jabaculê em gestação, para trazer outra baranga de interesse de empresários ou até desgastar o jovem para uma negociação futura na bacia das almas. Isso sem falar que ele certamente é uma sombra a jogadores bem mais velhos, que já perderam o tempo da bola para atuar em nossa zaga.

Vamos aguardar e ter a expectativa, porque se não acontecer, podemos nos juntar ao mantra que muitos já repetem: o de que Diniz não gostaria de usar a base de Xerém, o que é até um desestímulo reiterado e um balde de água fria em nossos jovens atletas.