A farra do boi das BETs ainda vai bagunçar o mercado brasileiro da bola. Parece que virou uma regra todo clube da série A ter um patrocínio de algum BET estampado na camisa.
Fico impressionado com valores postos à mesa, pelo menos os que são divulgados por aí. Até mesmo o próprio Fluminense trocando as BETs na camisa (aliás um super bem-vindo BET), entrando um e saindo outro.
Por que fico cético? Simples. Por um possível conflito de interesses entre os sites de apostas e clubes de futebol.
Até que ponto podemos garantir que um contrato de patrocínio possa favorecer ou atrapalhar os planos e metas de um clube de futebol?
Até que ponto pode-se garantir que o pagamento do patrocínio seja mediante a certos cumprimentos e “all-ins” para fechar o fluxo de caixa da patrocinadora?
Vejo também o cenário onde jogadores fazem publicidade para os sites de apostas. Na minha ótica de mercado também vejo como um conflito de interesses. Até que ponto uma publicidade/patrocínio pode interferir no rendimento do jogador? Já vimos claramente isso e até jogadores foram punidos recentemente pelo STJD. Talvez nem saibamos a ponta do iceberg quanto a isso.
Um alô às BETs e a quem defenda, entendam: não sou contra o jogo em si. Aposta quem quer, joga quem quer; você pode ganhar com o mesmo risco de perder. Defendo uma regulamentação clara até onde, e o que se pode fazer, para que haja uma relação sadia do esporte com os sites de apostas.
Bom senso, sempre, mas estamos num país chamado Brasil, onde a bomba explode e só depois se discute os riscos e perigos da bomba.