Amigos, amigas, não foi uma grande atuação do Fluminense, mas foi uma vitória em que, além da vitória, tivemos boas notícias. A começar pelo fato de termos vencido, o que é fundamental para termos tranquilidade daqui para frente, já que o momento anterior à partida de hoje era preocupante, por razões que todos sabem.
O Fluminense obteve uma vitória merecida, que não pode ser contestada. Para além disso, não há como não citar mais uma atuação robusta de Marquinhos, o jovem ponteiro que foi decisivo mais uma vez.
Já causara boa impressão atuando de lateral-direito no segundo Fla-Flu da semifinal do Flamengão. Fez o gol de empate no duelo com o Alianza Lima. Hoje, no entanto, foi o protagonista, com um golaço no primeiro tempo e uma assistência sensacional para Germán Cano no gol da vitória.
Se isso não é uma boa notícia, eu não sei mais o que é, mas não foi a única. Paulo Henrique Ganso, o gênio das quatro linhas, jogou como há muito não fazia, o que fez muita diferença no jogo de hoje. Se aquela bola do Marcelo, após cobrança de escanteio de Ganso, termina em gol, ficaríamos a revê-lo para o resto da vida como fora uma obra prima de Da Vinci.
Ótima atuação de André, participação sempre consistente de Arias, mas o que diabos anda fazendo o Martinelli? Ainda que outros tenham se destacado, é um absurdo o que Martinelli fez em campo hoje. Foi o símbolo máximo da frieza e tranquilidade que o Fluminense demonstrou hoje em campo, mesmo jogando improvisado de zagueiro.
Parece que nada é capaz de abalá-lo e que ninguém é capaz de superá-lo em qualquer disputa de bola. Martinelli é, definitivamente, um demônio, algo que, a cada dia, transcende a compreensão humana, assim como Arias e Ganso.
São elementos que fazem com que continuemos acreditando. O Fluminense mostrou suas armas na noite de hoje, mesmo sem apresentar um futebol arrebatador, diante de um time que promete dar trabalho nessa Libertadores, recheado de jogadores experientes e com grande capacidade técnica.
Espero que o jogo de hoje seja um marco zero, o fim das escalações e atuações deploráveis dos últimos tempos. E que a estreia no Campeonato Brasileiro, no próximo sábado, esteja à altura de um clube que se planejou para disputar e conquistar tudo que vir pela frente.
É exagero?
Depende do ponto de vista, depende das escolhas, mas o Fluminense de hoje cravou uma promessa em nossos corações. Antes fosse uma certeza, mas essas não existem no começo da jornada. O que vimos foi um time leve, íntegro, certo do que tinha a fazer em campo e com recursos para fazê-lo.
Tomara que as próximas partidas espantem de vez o azedume que nos contaminou desde a conquista da Supercopa e resgatem aquele prazer de ver o Fluminense jogar, que a partida de hoje teve o mérito de, pelo menos parcialmente, restaurar em nossas mentes.
Saudações Tricolores!
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Fluminense 2 x 1 Colo-Colo (CHI)
Local: Maracanã
Data e hora: 9/4 (quinta-feira), às 21h
Arbitragem: Jesús Valenzuela
Assistentes: Antoni García e Tulio Moreno
Renda:
Público:
Gols: Marquinhos 4’/1ºT e Germán Cano 6’/2ºT (FLU); Paiva 18’/1ºT (COL)
Cartões amarelos: Felipe Melo e Fábio (FLU); Vidal, Wiemberg e Paiva (COL)
Cartão vermelho: Wiemberg (COL)
FLUMINENSE: Fábio; Samuel Xavier, Martinelli, Felipe Melo (Lelê (Antônio Carlos)) e Marcelo; André, Lima (Kauã Elias) e Ganso (Terans); Jhon Arias, Marquinhos e Germán Cano (Felipe Andrade). Técnico: Fernando Diniz.
COLO-COLO: Cortés; Opazo, Saldivia, Falcón (Amor) e Wiemberg; Pavez, Vidal e Leonardo Gil; Palacios (Damián Pizarro), Bolados (Zavala) e Paiva (Gutiérrez). Ténico: Jorge Almirón.