Quase todo tricolor já deve ter escutado numa roda de amigos: “não reclame de barriga cheia “. Afinal, nos últimos dois anos, ganhamos o bicampeonato estadual, a Libertadores e a Recopa. Uma média fantástica, um título a cada seis meses.
Só que torcedor é chato mesmo, quer ganhar tudo, faz parte. Mas chega uma hora em que a paixão precisa ficar mais racional. O que está faltando para o Fluminense nos últimos jogos? Mesmo com a conquista da Recopa…sem contar os onze clássicos sem vitórias. A contar pela inconstância nas escalações do Diniz. É até compreensível querer poupar alguns jogadores antes da decisão. Só que exagerou. Longe de mim achar que nosso treinador perdeu a mão na receita perfeita. Ainda não. E que me desculpem os tais radicais avessos às críticas e observações simples de torcedora comum que ama o Fluminense.
Mas André de zagueiro, não dá. Ele é disparado o melhor volante do Brasil. Não.pode se deparar com três, quatro atacantes vindos de frente, cara a cara, sem sofrerem qualquer combate. Porque quem combate, marca e desarma é ele. Antes que chegue na defesa. Ele desarma e entrega a bola redondinha para Arias, Ganso (Renato Augusto) e Martinelli. Sempre foi assim, não é o que temos visto. E foi expulso contra o Botafogo, sendo um baita desfalque no primeiro Fla-Flu das semifinais.
Lembrando que o adversário tem a vantagem de dois resultados iguais. Assim como foi ano passado e conseguimos reverter na final.
Digo sempre e repito: tudo pode acontecer num Fla-Flu, mesmo quando o momento não é dos melhores. A história do clássico mostra isso. Tudo vai partir da cabeça do Fernando Diniz, que em muitos momentos é brilhante, em outros, uma incógnita. Espero que ele esteja naqueles dias em que fecha os olhos e segundos depois realiza perfeitamente o caminho da vitória.
Ele e todos nós sabemos (uns mais, outros menos) que futebol não é mágica. É conhecimento, discernimento e estratégia. Diante disso, boa sorte pra nós!