Eis que a história houve de reencontrar velhos conhecidos, mais uma vez para disputar uma final de torneio sul-americano, desta vez a Recopa, encontro entre o campeão da Libertadores e o vencedor da Sul-Americana do ano anterior.
E de novo com o primeiro confronto em Quito antes do derradeiro que se dará no Rio de Janeiro, onde os equatorianos triunfaram em 2008 e 2009. Noites tristes.
O Equador, que vive clima de tensão por conta de episódios de criminalidades descontrolados – nada perto do massacre que ocorre neste momento em Gaza contra os palestinos – onde chegou a se cogitar até que o jogo fosse disputado em outo país ou sem torcedores no estádio.
O confronto decorreu normalmente, sem pormenores, exceto por duas quedas parciais de energia nas luzes que fizeram o jogo na primeira etapa ser paralisado duas vezes, porém, nem três minutos ao todo foram perdidos nesta conta, devidamente repostos pelo árbitro.
Com o élan de controlar a velocidade do jogo, a equipe de Fernando Diniz tinha uma missão óbvia: manter a posse e negar espaços à equipe da casa, que em sua altitude costuma acuar suas vítimas como meros capturas dadas ao carrasco.
Não demorou muito para Los Universitarios dominarem todas as ações, primeiro controlando a velocidade, depois a posse e o território, impondo ao Fluminense ficar com o costado na lona, especulando uma escapa ou outra estocada.
Na única que conseguiu, o Tricolor acionou bem Germán Cano, que saiu na cara do goleiro na jogada, foi tocado por trás pelo defensor, mas o árbitro ignorou duplamente. Primeiro ao vivo, depois quando chamado ao VAR, deu de ombros para o que seus olhos viram (ou não).
As equipes voltaram do intervalo da mesma forma que desceram aos vestiários. A única mexida havia ocorrido ainda na primeira etapa, Marcelo saiu para a entrada de Diogo Barbosa.
O Fluminense foi repelido a se fechar e aceitar montar o ferrolho, literalmente teve de estacionar um BRT na frente do Fábio a fim de evitar finalizações da entrada da grande área.
Com isso a LDU foi arriscando chutes de longa distância e alçando bolas na esperança de alguma coisa acontecer.
No fim, depois de tanto martelar, a LDU chegou ao seu gol: após Piovi cobrar falta, Alex Arce, que entrara na segunda etapa, comemorou o gol solitário. O assistente ergueu a bandeira e sinalizou impedimento, mas o VAR validou o gol, após encontrar em seus arquivos, um pé perdido do Marlon condicionando o atacante Azucena.
O prejuízo foi mínimo levando em conta o que foi a partida. Os donos do Casa Blanca finalizaram mais de vinte vezes até marcar.
Tudo será de ser resolvido no Maracanã, na próxima quinta-feira no mesmo horário.
Enquanto o Fluminense terá neste domingo um Fla-Flu que poderá definir o campeão da Taça Guanabara, a LDU, que ainda está de férias no Equatorianão, terá todos os dias concentrado para a decisão no ‘Maior do Mundo’. Haja coração.
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LDU 1 x 0 FLUMINENSE
Recopa Sul-Americana – Final (jogo de ida)
Quinta-feira, 22/02/2024 – 21:30 (Brasília)
Estádio Casa Blanca – Quito, Ecuador
Renda: US$ 542.733,25
Público: 30.712 presentes
Arbitragem: Árbitro: Andrés Rojas (COL), Assistente 1: Alexander Guzman (COL), Assistente 2: Jhon Gallego (COL) e VAR: Nicolas Gallo (COL)
Cartões amarelos: Ezequiel Piovi 47’, Alex Arce 90’+5’ (LDU); Matheus Martinelli 42’, Guga 74’ (FLUMINENSE)
Gols: Alex Arce 90’+2’ (LDU)
LDU: Alexander Domínguez; José Quintero, Ricardo Adé, Richard Mina e Leonel Quiñónez; Óscar Zambrano (Gabriel Villamíl 70’), Ezequiel Piovi©, Sebastián González (Lisandro Alzugarray 77’), Jhohan Julio e Luis Estupiñán (Alex Arce 55’); Jan Hurtado (Michael Estrada 70’). Téc.: Addrián Gabbarini. 4-2-3-1
FLUMINENSE: Fábio; Guga, Thiago Santos, Felipe Melo© (Marlon 55’) e Marcelo (Diogo Barbosa 12’); André, Martinelli e Ganso (Lima 68’); Jhon Arias, Keno (Douglas Costa 55’) e Germán Cano (Lelê 68’). Téc.: Fernando Diniz. 4-3-3