Depois de uma longa era de figuração sem conquistas significativas, o Fluminense finalmente superou o ciclo nefasto. O bicampeonato carioca foi o primeiro bom presságio e a conquista da Libertadores foi a pá de cal na má fase. Um título grandioso, que ainda será merecidamente comemorado por muito tempo.
Porém, a vida continua e, ao mesmo tempo, nada será como antes. Primeiro, vem aí a luta pelo Mundial de Clubes e o Fluminense precisa brigar com tudo pelo título, independentemente de ser favorito ou não.
Segundo, o futuro. Com muitas disputas de títulos e dinheiro em caixa, o Fluminense não apenas precisará refazer o time com a saída de várias feras, como também precisará de uma nova sustentação. Vitoriosa na Libertadores 2023, a fórmula de agregar muitos veteranos ao lado de jovens dispostos a correr por eles costuma ser a exceção do êxito, não a regra, e isso precisa ser muito bem pensado para novas contratações.
Terceiro, foi decretado o fim da era da “campanha digna”, pérola podre de Peter Siemsen. A partir de agora o nível de exigência volta a ser o mesmo de antes de 2011, com a torcida tricolor esperando disputar todos os troféus. Isso fica nítido com a presença massiva da torcida tricolor nas arquibancadas, mesmo sem chances de título como no Brasileirão atual.
Com isso, o Fluminense volta definitivamente à sua perspectiva histórica natal. A torcida está em festa esplêndida, o dinheiro em caixa é bastante expressivo e cabe ao mandatário tricolor, até por conta do regime presidencialista, a manutenção do processo vitorioso.