Fluminense é ansiedade (por Claudia Mendes)

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Antes que me perguntem, não tenho paciência alguma para esperar pela final da Libertadores. Ansiedade é meu nome, sobrenome, RG e endereço. Depois da classificação histórica contra o Internacional na quarta-feira, quero mais é que chegue logo esse dia. É muita pressão. Já chega o que nós tricolores passamos nessas duas últimas semanas. Um sobe e desce de emoções, uma gangorra emocional terrível.

Pior é que tem gente que teima em desacreditar no Fluminense. E menosprezar. Sejam torcedores rivais (o que é normal) e parte da imprensa em altas doses de intolerância. Esse ponto, aliás, passou da esfera do suportável. Ainda acham que é sorte, apenas. Concordo que Diniz tem muitos acertos a fazer até lá, principalmente do lado esquerdo do setor defensivo. Mas o time estar disputando o título não é sorte, apesar dela ter nos sobrado nesses dois últimos confrontos. Só que o determinante foram os fatores que fazem um time vencedor. Dentre eles, a humildade, o saber escutar e, se adaptar e superar as dificuldades.

O Fluminense pode conquistar o título mais importante de sua história. A euforia do torcedor é uma consequência. Só que não pode ter o “já ganhou”, porque aquela noite de 02 de julho de 2008 ainda povoa nossas lembranças. Em vez do “já ganhou”, que tal um “pé no freio”? Racionalmente precisamos de cautela, mas a emoção a cada dia se torna uma comoção coletiva. Foi o que nos uniu até agora. O acreditar de verdade. De que é tudo ou nada.

E no meio disso tudo ainda tem os jogos do Campeonato Brasileiro. Não podemos “brincar”, como sugeriu Renato Gaúcho naquele fatídico 2008. Jogar e ganhar faz parte do processo da manutenção do elenco e do foco. Podemos terminar a competição no G4. Não é difícil. Essa é mais uma árdua missão para o Diniz: preparar o time para a grande final contra o Boca Juniors e não minimizar a disputa do Brasileiro.

Então, bora deixar os secadores de plantão no suspense e morrendo de inveja, acionar nossos gatilhos emocionais positivos, mantendo nosso sonho vivo e esquecer o passado. Sem desmerecer as lições importantes que ele nos deixou. Temos essa chance nessas quarto longas semanas.

Nervos de aço, tricolores. A expectativa é enorme, agora é real. Fomos aos pouquinhos derrubando um por um e hoje nem nos importa como. Se jogando bem, ou mal, se foi sorte… mas derrubamos, nocauteamos, amassamos. Dia 04 de novembro será o nosso dia. De mais ninguém. Dos vivos, dos mortos, de todos os tricolores. Evoé!