Alô, Seu Diniz! (por Manoel Stone)

Eu não queria nem falar mais sobre o jogo contra o Vasco, mas sou obrigado a fazer algumas colocações sobre o que aconteceu. Em primeiro lugar, o que faltou foi o time estar ligado no jogo, com aplicação, vontade ou mesmo “fome”, e isso sobrou no adversário. Tenho que tirar dessa apatia generalizada o “rebelde” John Kennedy: o moleque esbanjou luta e vontade de ganhar o jogo. O resto parece que estava com a cabeça em outro lugar.

Apesar de saber que esses três pontos podem ser primordiais, vamos cuidar de coisas mais importantes, e isso tem mais ver com o comandante da bagaça.

Ô, Diniz! Que raios de afastamento foi esse? Você não deixou tudo mastigadinho para o Marcão executar, ou ele não fez como você instruiu? Ou ainda uma terceira hipótese me passou pela cabeça: o Eduardo em seu lugar na beira do campo não seguiu suas instruções? Meteu o louco e faz as coisas da cabeça dele? Afinal que foi que aconteceu?

Algo muito errado, pois teve de tudo, menos a aplicação do tradicional sistema de jogo praticado até então.

Agora temos pela frente um jogo que temos que ganhar, afinal o Cruzeiro nem está no Z4 nem nada, logo não há razão para perdermos, não é mesmo? Vê lá, hein rapaz? Nem me fale em perder os próximos dois jogos, nem empates servem. Como você mesmo gosta de falar:vitória! É isso ou isso, está certo? Estou de olho, faça correto para depois não vir com chorumelas, pois seu débito está aumentando, quase chegando no crédito, não me vá entrar no “vermelho”…

O que espero é que na sua próxima saída de aventura na tal Seleção não cause outra caca igual a essa que aconteceu agora. Senão, ficará claro que o negócio de ter dois empregos só dá certo mesmo para o “Julius” da série de TV, e você vai ter que decidir o que fazer. Resolvendo ficar lá, tenha um bom trabalho e espero que se dê bem. O caso é que, se atrapalhar o Fluminense, é melhor pegar suas trouxas e seguir em frente, pois para mim, e acho também que para os tricolores, nossa Seleção é o Fluminense: aquele time da CBF pouco importa.

Então, Senhor Fernando, é bom que a partir dessa quarta-feira o senhor comece a fazer o que é necessário. Os tricolores que enxergam um pouco já vem pedindo desde muito tempo, é chegada a hora de começar a fazer as escolhas certas, abandonado algumas preferências meio bizarras que estão ou no time ou no banco. Na real, diga aí o por que dessas escolhas, pois tanto eu quanto você sabemos que “desse mato não sai coelho”. Por que você mantém essa prática? Olha que aquele ditado antigo já diz: o ruim de ter “perna de pau” no elenco é que uma hora eles entram no campo.

Hora de parar com as derrotas e maus resultados, ou melhor dizendo, com o “jogar mal” independentemente do resultado, mas não confunda com a falta de obrigação de vencer nessas batalhas que teremos nas próximas semanas, e já começa nessa quarta-feira diante do Cruzeiro.