O que o Fluminense precisa fazer para avançar para a próxima fase da Libertadores?
Bem mais do que fez contra o Santos, obviamente. A vitória sobre o time santista foi importantíssima pelos pontos e pelo fator psicológico, já que o jogo na Argentina será na terça-feira.
No entanto, que ninguém se engane: O Flu derrotou um Santos irreconhecível e muito mal treinado. Fez, portanto, o seu dever de casa jogando um futebol insosso, que deu apenas para o gasto.
Na Argentina, precisará resgatar aquele futebol do início da temporada e apagar o estigma da sequência de derrotas quando joga fora de seus domínios, ou seja, jogar dentro da estratégia que encantou, ainda que por breve momento, o país. E mais: com vontade de vencer redobrada.
A pífia partida contra o Coritiba, candidatíssimo ao rebaixamento, só para falar o vexame mais recente, ainda arde nas memórias dos Tricolores. Se jogarmos aquele futebol risível, onde a equipe mais parecia um bando dentro de campo, ficaremos por aqui mesmo, a disputar apenas um campeonato brasileiro, onde o título já se desenha impossível.
O Fluminense tem tido tempo para treinar, ou seja, Diniz tem tido a oportunidade de aperfeiçoar sua estratégia de acordo com seu pensamento. Temos, ainda, reforços que chegaram recentemente e lesionados que retornaram à equipe. Assim, se não consegue dar ao time o ímpeto e o modelo anteriores, o problema deve estar dentro da cabeça do treinador, ou na forma como ele tem lidado com os jogadores ao transmitir suas ideias.
De toda a forma, estamos vivos na Libertadores, mas o sonho de conquistá-la se esvai a cada má partida jogada. Para trazer a taça continental não basta um joguinho mais ou menos aqui e acolá, é preciso equilíbrio nas alturas, jogar em alto nível todas as partidas, e seria importante que a passagem para as quartas de final, se acontecer, seja permeada do melhor futebol, daquela chama que está quase se apagando, mas que ao sopro de esperança da Torcida e dos jogadores, torne a relumbrar novamente.