Há cinquenta e cinco anos atrás, para ser mais exato no dia 25 de agosto de 1968, aos oito anos de idade, meu pai me levou ao Maracanã pela primeira vez.

Era um domingo de sol e o Flu enfrentava o Vasco pela Taça Guanabara. O Vasco era um belo freguês à época – meu pai não era bobo…

As imagens da subida da rampa de acesso à arquibancada e, principalmente, a passagem pelo estreito túnel do corredor com a visão do campo ao final, ficaram retidas em minha memória e me emocionam até hoje.

Eu não entendia muito bem o jogo ainda, as táticas muito menos, mas acompanhava atento às jogadas, as expressões de meu pai e os gritos e manifestações da torcida.

O Flu venceu por 3 a 2, com três gols do saudoso ponta esquerda, Lula – meu primeiro grande ídolo. Tinha Félix, Denilson e outros. Assim, a paixão pelo futebol e pelo Tricolor das Laranjeiras estava selada e só cresceria e se consolidaria com o tempo. Virou pele e sangue.

No radinho de pilha, na TV, no Maracanã, pelos bares, onde quer que fosse ou o Flu jogasse, lá estive eu e ainda estou, do jeito que posso. Na geral e na arquibancada, matando algumas aulas em meados dos anos 1970 – estudei o segundo grau na Escola Técnica Federal, ao lado do Maracanã. De trem e ônibus, na juventude, de metrô ou carro mais tarde.

No sol, na chuva, no frio, na volta para casa na madrugada.

Nas vitórias memoráveis e nas derrotas mais sofridas, o Fluminense sempre esteve no coração e na cabeça.

É isso… Parabéns ao Tricolor querido pelos 121 anos, feliz aniversário e obrigado por existir em minha vida!