A importância da psiquiatria no futebol e na vida (por TTP)

Paulo Angioni deu uma longa entrevista ao site do Globo Esporte, para o quadro Abre Aspas. O dirigente hoje atua no Fluminense, foi e é alvo de diversas críticas.

Independentemente de se gostar ou não do trabalho de Angioni dentro do clube, uma coisa muito importante foi dita por ele durante esta entrevista: a necessidade da presença do profissional de psiquiatria no futebol.

Concordo plenamente com isso.

O psicólogo já é uma realidade dentro do mundo do futebol. No Fluminense, o último caso a chamar atenção sobre este tipo de profissional foi na ocasião do primeiro gol como profissional de Caio Paulista. O atleta homenageou Emily Gonçalves, a psicóloga que trabalhou com ele na época.

Hoje, apenas o psicólogo não é suficiente.

O psiquiatra pode ir além no tratamento de casos de depressão e esquizofrenia, por exemplo. Doenças que sofrem muito preconceito mas são mais comuns do que se pensa

Outro caso comum no futebol, jogado para debaixo do tapete, é a síndrome do pânico. Jogadores consagrados já sofreram com isso. Imagine o que pode passar pela cabeça de um jovem de 17 anos que, em 90 minutos, pode sair do anonimato e da pobreza para se tornar uma “mercadoria” de milhões de euros?

Assim como todo profissional de qualquer área que precisa de cuidados, o jogador de futebol sofre com ansiedade, solidão, cobranças e holofotes. Ocorrências ainda mais graves como o ataque racista que aconteceu com Vinícius Júnior acontecem todos os dias, em todo o planeta, envolvendo jovens e provavelmente crianças. A presença de um profissional capacitado pode evitar uma enormidade de consequências negativas.

Psicólogos, psiquiatras  fisioterapeutas, nutricionistas, são hoje uma necessidade neste universo, que movimenta quantias assombrosas de dinheiro e interfere na vida de bilhões de pessoas.

O futebol precisa se aprimorar não só dentro de campo, mas também em todos os setores responsáveis pela realização do esporte.

Todos saem ganhando com isso.

Abraços.