Quando assegurou a reeleição à presidência do Fluminense, no final do ano passado, Mário Bittencourt afirmou que as prioridades do futebol tricolor na temporada 2023 seriam as conquistas do bicampeonato carioca e da Libertadores da América. A primeira parte foi cumprida; a segunda, somente o tempo dirá.
Não dá para esconder que o Tricolor vem encarando as Copas, Libertadores e do Brasil (com suas milionárias premiações) de uma forma, digamos, mais compenetrada. O Campeonato Brasileiro, essa prova de resistência que se arrasta até o fim do ano, está relegado ao segundo plano. Neste, a meta é terminar no G4 (ou mesmo no G6) e não correr risco de queda.

Portanto, dá para sentir a diferença de cobrança sobre os jogadores mediante os objetivos traçados. As lesões, o desgaste do elenco curto, têm que ser levados em consideração, é claro. Mas dá para sentir que o Fluminense da Copa do Brasil e da Libertadores é um; o do Brasileirão, outro.
Se o sonho da conquista sul-americana for realizado, nos sentiremos no paraíso. Terá valido a pena priorizar. Ou mesmo da Copa do Brasil, título que já possuímos, nos fará orgulhosos. Mas que está chato ver o time a passeio no Brasileiro, está. Apesar da momentânea posição confortável (?!) na tabela.

Como não sentir a diferença de intensidade e concentração na goleada de 5 a 1 sobre o River Plate ou mesmo no empate heroico com nosso maior rival (num jogo em que, além de privados de peças vitais como Marcelo e Alexsander, atuamos com um homem a menos em toda a segunda etapa) com o pífio desempenho diante do Botafogo e mesmo na vitória sobre o Cuiabá?

Pois é, temos visto nesta temporada dois Fluminenses. Tomara que consigamos trazer um bom resultado na altitude de La Paz e que, em outra esfera, voltemos a engolir o arqui-inimigo no jogo de volta da próxima semana. As prioridades estão bem claras. Cumprir objetivos, diante da estratégia traçada, é praticamente uma obrigação.