Amigos, amigas, teremos muito tempo para analisar os fatores que trouxeram o Fluminense até aqui. Assim como teremos tempo para analisar os fatores que impediram que o Fluminense fosse mais longe nessa temporada. Há, entretanto, um aspecto que não se submete a qualquer ponderação. Que atende pelo nome de Fernando Diniz. Como o Brasil vive um surto de pedidos por intervenção psiquiátrica, aos demandantes dever-se-iam incluir aqueles que questionam essa verdade chamada Fernando Diniz.
Diniz não é um aspecto subjetivo da nossa realidade. Diniz é a realidade, muito embora seja necessário dizer, mais uma vez, que, independente de erros e acertos da política do futebol, o material humano com que construiu essa bela trajetória, que combina belo futebol e resultados, seja de excelente nível.
Como questionar elementos como André, Nino, Manuel, Paulo Henrique Ganso, Martinelli, Samuel Xavier, John Árias, Germán e outros?
Nada, evidentemente, que venha a desabonar o trabalho do treinador, mas é premente reconhecer a convergência de fatores que contribuem para uma temporada altamente positiva. Para a qual concorreu a enorme adesão da Mais Extraordinária Força Popular do Planeta, que se superou em números, seja no sócio-torcedor, seja na arquibancada.
O Fluminense começou o jogo de forma avassaladora, criando uma média de uma oportunidade clara a cada menos de dois minutos. Merecia ter chegado aos 12 minutos de jogo já com a vantagem no placar, que não aconteceu. O Fluminense começou jogando como quem disputasse uma decisão de campeonato, tamanho era o empenho em cada dividida.
Com o tempo, o jogo arrefeceu. Ainda criamos uma ou duas jogadas perigosas na primeira etapa, mas o zero a zero enganoso permaneceu no placar. No segundo tempo, a primeira bola foi deles. Cabeçada de Pedro Raul, que passou rente à trave, mas parou por aí.
O Fluminense, antes meio fora das suas características, voltou a trabalhar a bola dentro de seu conceito e as oportunidades foram surgindo, reavivando a torcida na arquibancada. Foi, porém, quando o jogo amornara, com o Goiás, agora com menos um em campo, montava o famoso ponto de ônibus à frente da sua área, que Matheus Martins, substituto natural de Yago no intervalo, acertou cruzamento perfeito, que encontrou ele, sempre ele.
Germán foi peça quase nula durante a partida, mas não se brinca com o artilheiro. Cochilou, o cachimbo caiu. Cano cabeceou e fez mais um de seus milhares de gols na temporada. Estava aberta a porteira para uma vitória mais elástica, exigida pelas arquibancadas.
Alan entrou, Felipe Melo também, Michel Araújo idem. Foram os três os responsáveis pelo segundo gol. Huf huf fez lançamento precioso para Michel, que achou Alan na pequena área, para que Alan fizesse um gol de Alan, que meio que lembra o feito contra o Vitória, no mesmo Maracanã, em uma vitória de dois a um, na arrancada para o título brasileiro de 2010. Tomara que seja o primeiro de muitos.
Com o time ligado na tomada, o terceiro era questão de tempo. Matheus Martins recebeu passe na lateral da área do formidável Alexsander, que, em dois jogos, já deixou sua assinatura, e assistiu Michel Araújo, que balançou a rede pela segunda vez na temporada, colecionando, em poucos minutos em campo, uma assistência e um gol.
Infelizmente, para gregos e troianos, o show está acabando. Só falta mais um jogo, contra o Bragantino, sem Ganso, suspenso, para o fim da temporada. Partida que pode nos dar o vice-campeonato, que, do ponto de vista da meritocracia, seria benigno. Verdade, porém, é que a única coisa que importa é poder ver o Fluminense mais uma vez.
Que fique Diniz, que fiquem todos, porque essa sinergia é o sinal de uma grande história a ser escrita.
Saudações Tricolores e Todo Poder ao Pó-de-Arroz!
Nada a acrescentar.
Saudações Tricolores.