Três takes de Flu versus Timão (por Paulo-Roberto Andel)

São muitos e muitos jogos, mas vou fazer um recorte de dois anos, entre 1982 e 1984. Tempos incríveis de um outro Maracanã e certamente de outro Fluminense. Tempos da juventude.

Meu primeiro Flu e Corinthians foi num sábado à noite pelo Torneio dos Campeões em 1982. Não me lembro de ter visto o clássico antes, mas comecei na arquibancada ouvindo toda a mitologia da invasão de 1976. Bom, perdemos por 1 a 0, a torcida fez protesto na geral, teve caixão, saí correndo. O Flu já estava há dois anos e meio sem títulos e a torcida não digeria muito bem o quinto lugar no Brasileirão. Cobrávamos o protagonismo habitual.

No ano seguinte teve Flu e Corinthians no domingo à tarde pelo Brasileirão. Havia grande repercussão pela estreia de Leão no gol corintiano. Teve bastante pó de arroz. Nós tínhamos um jovem time e vencemos por 1 a 0, gol do efêmero lateral esquerdo Cândido. Comemoramos muito. O Flu acabou não fazendo um bom campeonato, mas já tinha em campo metade da equipe que apaixonaria os tricolores para sempre, antes da chegada de Assis e Washington. Já Cândido ia perder a posição para um garoto bom de bola, chamado Branco.

No terceiro ano, um jogo tenso e inesquecível. Maracanã lotado, mais de 100 mil pessoas, jogo de volta pelas semifinais do Brasileiro de 1984. Na ida, fizemos a partida perfeita: esmagamos o Corinthians no Morumbi por 2 a 0, num jogo que até hoje impressiona pela precisão tática e técnica. A partida do Maracanã não foi igual à de São Paulo e nem precisava, pois estávamos em vantagem. A sensação de sair do Maracanã classificado para a final do campeonato foi indescritível.

Desde então, o Fluminense jogou dezenas de partidas contra o Corinthians. Foi feliz e triste, campeão e eliminado. Viveu os clássicos. Tatuou a conquista do centenário no rival, perdeu Copas do Brasil. Nesta quarta teremos mais um capítulo, infelizmente sem o protagonismo mas com a perspectiva de se encaminhar a vaga na Libertadores 2023 na fase de grupos.

É uma pena que o Fluminense hoje seja um rascunho do passado. Empáfia sem resultados, megalomanias ocas, mitificação de mediocridades e uma máquina de propagação de factoides. De toda forma, a velha camisa vive e ainda desafia definições. Vamos em busca da classificação. A gente torce. Que o time e os dirigentes ajudem.

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Prestação de contas num relatório de 34 páginas sem números.

Palhaçada é pouco.

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Para gente grosseira, estúpida e com vocação para a covardia, o bloqueio é a saída pela porta principal. Idiota bom é idiota banido.

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