Amigos, amigas, são dias realmente melancólicos. Desde o último sábado, com a derrota para o Atlético-MG, que nos tirou as remotas chances de título, eu tenho a impressão de que mergulhei num balde de água fria. Sim, mergulhei, e não consegui sair até agora.
Eu não vou, aqui, entrar em situações bastante batidas, que devem ser parte da imensa agenda de transformações pelas quais o Fluminense precisa passar.
O que nos resta, a partir de agora, é a análise fria do que nos resta dessa temporada. E o que nós resta dessa temporada é a próxima, porque vaga na fase de grupos da Libertadores, se conquista for, é para o ano que vem.
Com todas as críticas recentes às escolhas de Fernando Diniz, como às de todos que têm passado por aqui, espero que se concretize o projeto de renovação do seu contrato. Se, de um lado, as críticas existem, são justas e necessárias, temos que reconhecer, numa análise global, a qualidade do trabalho feito.
Não obstante, há muito mais a ser feito do que manter o comando técnico. Mesmo a ideia de universalizar o conceito, abrangendo a formação dos nossos atletas, não se sustenta sem uma transformação gerencial, estrutural e econômica. É preciso, também, uma transformação política, nem que seja proposta pela atual gestão, virtualmente reeleita pelo que diz o quadro atual.
Restam-nos, agora, oito rodadas, que temos que encarar com a responsabilidade e o compromisso de defender uma vaga no G-4 ou, na pior das hipóteses, uma vaga na fase de grupos, mesmo que fora do seleto grupo.
Tenho tido a impressão de nunca ter visto um período tão prolongado de dias frios e nublados no Rio de Janeiro. É o cenário perfeito para servir a um sentimento de frustração e uma certa melancolia. O que espero é que amanhã, quinta-feira, 6 de outubro, em plena primavera, que não faça calor, mas que o sol volte a estampar a nossa paisagem.
Porque é disso que precisamos no Fluminense daqui até o final do ano. Precisamos ser revigorados, precisamos de luz e calor. O contrário do que vimos em campo na noite de hoje, quando o Fluminense fez 2 a 0 sem conseguir apresentar seu melhor futebol, apenas oferecendo alguns momentos da arte que arrasta e hipnotiza multidões. E isso nos custou ter sofrido o primeiro gol da virada atleticana ainda no primeiro tempo.
Poderíamos ter vencido o jogo. Tivemos lances quase mortais no segundo tempo, mas o tempo todo demos campo ao adversário, até que viesse o empate e nos perdêssemos em campo, renunciando ao nosso estilo de jogo e à sede de protagonismo que o caracteriza.
Espero que esse jogo não faça falta alguma para que conquistemos o que nos cabe conquistar, mas precisamos de sol no Rio de Janeiro.
Saudações Tricolores!