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É público que, por razões óbvias, não apoio a atual administração, não somente porque fiz parte da chapa que se opôs à atual situação, mas por não acreditar na capacidade de execução do processo de mudança que o Fluminense necessita.

O Fluminense, infelizmente, virou um paraíso do Jabaculê e que muitas vezes é amenizado por alguns resultados esportivos, até importantes, como o atual posicionamento no Campeonato Brasileiro.

Evitei claramente falar e escrever sobre a sucessão no Flu enquanto o time tivesse chance de fato de sucesso nas grandes competições, tanto internacionais quanto Libertadores e Sul-americana, como também em relação à Copa Brasil mas, agora o momento mudou, anão só para mim mas para todos os torcedores do Fluminense.

A derrota de ontem foi um fracasso totalmente previsto pelo conjunto de erros de jogadores mal escalados, nitidamente por influência de empresários, e o não aproveitamento de outros jogadores da base que, se fossem escalados, poderiam obstruir renovações e apresentação de jogadores nitidamente ligados à interesses externos e, ao mesmo tempo, os escondendo para serem vendidos na bacia de almas.

A péssima e até temerária gestão financeira, que consegue iludir e manipular os “passadores de pano”, que mal conseguem fazer uma conta de somar de dois algarismos, é algo que também está nos levando à clara situação de insolvência plena no futuro, e que vai levar de fato, infelizmente, ao fim do Fluminense.

O misto de amadorismo e de negócios obscuros é algo incompatível com o que nós, verdadeiros tricolores, esperamos e, portanto, o momento de discutir imediatamente uma mudança começa a ter o marco zero, de fato, a partir de hoje.

O marco zero não está meramente relacionado a uma vergonhosa derrota, mas basicamente para evitar a típica interpretação e manipulação que uma disputa antecipada seria especulada como o motivo da derrota no campo esportivo, fato esse que agora não mais existe, tendo em vista a nossa remota chance no Campeonato Brasileiro.

Os absurdos de Mahony, Caio Paulista, Cris da Moldávia, Fábio, Jesus, Egídio, Barcelos, Pineida, Davi Duarte, Alan, Wellington Baiana, Samuel, Bigode e Felipe Mello, entre outros, já não passa mais na garganta, enquanto jogadores da nossa base foram entregues para times de terceira em valores irrisórios, diante do que outros clubes conseguem comercializar no país.

É fundamental nesse momento que todas as chamadas chapas de oposição que realmente queiram mudar o Fluminense, e que não tenham a intenção de uma única projeção própria, mas sim o melhor do Fluminense, busquem se unir!

Não tenho a mínima dúvida de que a eventual chegada de candidatura de Pedro Antônio, se associando à outros que legitimamente lançaram sua candidatura, como Ademar Arrais e Marcelo Souto, devem buscar uma sinergia politica em prol do Fluminense e isso tem que começar a ser feito imediatamente.

O fato é que a atual gestão está promovendo uma metástase no Fluminense e isso não podemos mais aceitar de jeito algum. Isso se caracteriza claramente e se marca no gol contra de Felipe Mello contra o Corinthians, como um ato simbólico.

É a hora de todos os tricolores de fato se unirem para mudar o Fluminense. Os passadores de pano, se forem realmente tricolores que tenham pelo menos a dignidade de se calar.