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É claro que está em jogo a necessidade de vitória, a manutenção no grupo de cima, a moral para a decisão de vaga e muito mais. Agora, o que se tornou um grande barato neste domingo é a torcida do Fluminense lotando o Estádio da Cidadania.

Com o Maracanã parado de novo, Volta Redonda se transformou na solução para a partida. Quando a fase é boa em campo, tudo dá certo. Não faz muito tempo, o Fluminense fugiu da cidade: o público não prestigiava o time. Foi até por isso que passamos aquela temporada em Edson Passos. A maldição caiu neste 2022 com a conquista tricolor da Taça Guanabara, aliás um partidaço contra o Resende. Hoje a casa estará lotada pra valer. Quando joga bem e vence, a torcida apoia naturalmente.

Longe de ser perfeito, o Flu tem conseguido jogar com qualidade e como time grande que é. Parece que tudo está entrando nos eixos, ao menos dentro de campo. Fora, a gente sabe muito bem como é, mas não vamos falar disso agora. O importante é fazer um grande jogo logo mais.

Vai, Fluzão! A linha do céu de Volta Redonda é bonita.

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São muitas coisas nestes dias: dez anos do PANORAMA; vitória do Fluminense por 3 a 2, placar emblemático; 120 anos do nosso amor; aniversário do Marcão na sexta e do Telê na próxima terça. Abusemos do direito de comemorar e vibrar, sem tratar das outras questões do clube com desdém, empáfia ou alienação, todas essas características desprezíveis.

A bola está entrando, nossa felicidade é um fato, mas o descalabro administrativo do Fluminense continua, disfarçado de “gestão maravilhosa”.

É bom que se diga: o Fluminense está onde está porque Diniz começou a arrumar a casa, inclusive barrando jogadores superestimados pela gestão tricolor.

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Há dez anos, este PANORAMA TRICOLOR tem publicado diariamente o cotidiano tricolor, sob minha liderança.

Por aqui passaram quase cem pessoas entre amigos, colegas e conhecidos meus, oferecendo suas contribuições para o nosso conteúdo coletivo. Vários ainda estão por aqui, outros deixaram sua marcas com o melhor que poderiam oferecer, devidamente publicado.

O que sempre determinou a participação das pessoas na casa foi talento, disponibilidade e espírito de equipe. Como editor, tenho buscado a perfeição impossível mesmo estando longe dela. Já como gestor, falhei em algumas vezes por excesso de benevolência, mesmo com larga experiência profissional advinda dos mundos sindical e corporativo. Um projeto colaborativo e voluntário não exige apenas talento dos participantes, mas principalmente a capacidade de participar de uma engrenagem diária com apreço e respeito coletivo na prática – e nem sempre é fácil conduzir este processo, administrando egos e vaidades.

Uma coisa é certa: sem a ridícula obsessão pela perfeição e pela propriedade privada da verdade, típica dos sem noção, o PANORAMA vem cumprindo uma bela trajetória. Possui um conteúdo sem precedentes no futebol brasileiro, todo próprio e bastante qualificado, mesmo com alta rotatividade de cronistas.

Quando Zeh Augusto Catalano montou este cenário, tudo que eu queria era falar de Fluminense, contando inclusive com o risco de acabar sozinho, típico dos projetos sem finalidade lucrativa. Mas não fiquei: estou em ótima companhia, provavelmente com o melhor elenco da história do PANORAMA, ao lado do parceiro CANTINHO DO LARANJAL.

Graças à equipe, hoje temos uma rica programação nas redes sociais. Dezenas de integrantes e convidados colaboram regularmente para isso. Todos são importantes e muito agregam ao resultado coletivo; creio que todos se sintam representados pelos nomes de Edgard FC (amigo de anos que veio tarde, mas brilhantemente para cá), TTP (nosso gênio do humor pantaneiro) e Marcelo Diniz (incansável). O resultado aí está em conteúdo, qualidade e especialmente alegria (é normal rirmos uns com os outros diariamente, em assuntos totalmente alheios ao Fluminense).

Antonio Gonzalez, famoso por suas críticas muitas vezes ácidas mas que fazem pensar, costuma dizer publicamente que vir ao PANORAMA é como estar em Wembley. Para quem sabe ler, um pingo é letra.

Por fim, é desnecessário falar muito de mim. Meu trabalho pode fazê-lo com precisão. O Museu do Futebol, o Museu da Pelada, o Correio da Manhã, a Biblioteca Nacional e a Bibliografia do Fluminense são provas vivas que muitas vezes incomodam, não exatamente por minhas qualidades e defeitos, mas por despertarem indesejáveis sentimentos alheios que nem todos sabem como lidar, especialmente quando enxergam a si mesmos com notável exagero.

Muito obrigado a todos os que ajudaram e ajudam a construir este PANORAMA.