A DESPEDIDA se sobrepôs ao jogo, ou quase, como bem narrou durante a semana, nosso querido Andel: difícil lembrar na história, um jogador que tenha tido tal honraria, quiçá no Brasil. Fred foi oportunizado, como diriam os coaches atuais, me fazendo lembrar de Procópio Ferreira se referindo aos atores novos à sua época, parafraseando-o: são bons, mas parecem com pneus, ou algo assim.
Fred veio ao Flu no auge de sua carreira e forma física, não um requenguela caindo aos pedaços, como fazem hoje, FM e WB, além de outros tantos.
Esse seu retorno, já semi-aposentado, foi de certo modo, um fim digno ao que antes fora dispensado por Siemsen e sua gente.
Houve um jogo, antes de Fred entrar em campo, mas seguiu, mesmo com sua presença a pisotear a grama maltratada de um Maracanã desfigurado por Sérgio Cabral Filho e sua gangue.
Nele, Germán Cano, mais uma vez, brilhou. Foi decisivo como um centroavante deve ser, indo às redes e dando um gol para Matheus Martins. Condecorando mais um parceiro no ataque.
O Ceará conseguiu incomodar muito, quase chegando aos gols, mas sempre barrado por Fábio, que defendeu como o quê.
Antes de Fred entrar, Diniz interestificou o meio de campo, deixando-o lento e improdutivo. Mesmo assim, Caio, que já havia servido Cano no primeiro gol, teve a chance de deixar Frederico de cara para o gol, mas preferiu chutar, aliviando para o goleiro do Ceará. No lance, Fred deu uma bronca homérica no gajo, que se enrola com as bolas nos pés.
O Ceará diminuiu a fatura, chegando a um gol evitado, mas que por desatenção de Caio Paulista, acabou por não deixar impedido Luiz Otávio, que após bate-rebate na área, ficou livre, leve e solto para estufar a rede. Que bom que isso ocorreu já no finalzinho. Em que o VAR ajudou a cozinhar o pouco tempo que restaria para o alvinegro cearense botar as asas de fora.
A vitória foi valiosa demais, pois a festa que seguiu após o apito final, tinha tudo para ofuscar a partida que valeu os mesmos três pontos da anterior e que valerá todas as demais no porvir.
Não queria comentar a festa, mas não vou omitir: poderia ter sido mais bem organizada, com direito a Escola de Samba e mais ícones do Rio de Janeiro, mas isso é outra conversa.
Obrigado Fred, por ter feito parte da história eterna de um clube que criou o futebol brasileiro, e oxalá retome seus contornos de glórias.
Vamos normalizar o Fluminense na parte mais topográfica da tabela. É direito nosso e dever dos gestores que dizem conduzir as Três Cores que significam TRADIÇÃO.